Comunicado do Conselho de Disciplina da FPF
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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol anunciou esta segunda-feira a abertura de um processo disciplinar a uma SAD. Sabe O JOGO que o processo foi aplicado ao Aves por incumprimento salarial.
De recordar que o CD da FPF havia anunciado ter interrompido os atos procedimentais e diligências, aplicando o regime das férias judiciais, devido à covid-19, interrompendo assim para agir sobre o emblema avense.
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Com o futebol profissional debaixo de circunstâncias imponderáveis, coloca-se um novo desafio à frente da SAD do Aves: o cumprimento do processo de licenciamento para a nova temporada.
Nesse caso, admitindo que a data do mesmo possa sofrer algum adiamento por causa da paragem dos campeonatos - teria que ser efetuado até 15 de maio da presente temporada -, o Aves terá que apresentar certidões de não-dívida à equipa (jogadores e treinadores) e aos funcionários, ao Fisco e à Segurança Social.
A formação do concelho de Santo Tirso falhou a regularização dos ordenados referentes ao período entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, após um prazo adicional de 15 dias indicado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que remeteu o assunto para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
A administração liderada pelo chinês Wei Zhao justificou as dívidas aos atletas e treinadores com a paralisação da atividade económica na China, motivada pela pandemia de covid-19, podendo os avenses incorrer numa perda de dois a cinco pontos, face aos 13 que somaram em 24 jornadas, nove abaixo da linha de despromoção.
Os órgãos sociais do Aves já haviam ponderado intervir na gestão da sociedade liderada pelo chinês Wei Zhao, face ao incumprimento salarial do último classificado da I Liga. "Temos vindo a acompanhar, a apurar e a analisar os diversos problemas existentes, numa postura cooperante e disponível, mas não colocamos de parte uma intervenção direta na SAD, fazendo uso das prerrogativas contratuais existentes, caso o acionista maioritário e os administradores executivos não adotem medidas urgentes, concretas e eficazes", lia-se num comunicado da direção avense, presidida por Armando Silva.