A Federação Portuguesa de Futebol apresentou o seu plano estratégico até 2030. Há desafios e soluções, mas o objetivo é crescer
Corpo do artigo
Como será o futebol em 2030? Como será consumido? Que desafios enfrentará, então? Estas e outras questões motivaram a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) à execução de um plano estratégico para a presente década, intitulado "Futebol 2030", cujos objetivos passam por aumentar a prática e o consumo, assim como melhorar a sua organização.
Este plano, aprovado pela Direção da FPF, a que o JOGO teve acesso, tem no seu horizonte a muito forte possibilidade de Portugal conquistar, em conjunto com a Espanha, a organização do Mundial"2030. As suas metas estão assentes em cinco pilares estratégicos: Infância e Crescimento, Futebol para Todos e Todas, Qualidade do Jogo, Envolvimento e Sustentabilidade do Sistema.
Assim, no final da presente década, a FPF pretende ter o dobro de jogadores federados de futebol e futsal (tem atualmente cerca de 180 mil, conforme números de janeiro deste ano): a ideia é atingir os 400 mil, que deverão dividir-se em 325 mil masculinos e 75 mil femininos. A estratégia desenhada passa, também, por envolver e registar os chamados jogadores informais, cuja estimativa aponta para cerca de meio milhão daqui a oito anos.
Nessas metas, pretende-se assegurar o sexto lugar masculino e feminino no ranking da UEFA, sendo mais arrojado na tabela FIFA: quinto para os homens, 20.º para as mulheres. Quanto ao futsal, o objetivo é a liderança europeia nos dois géneros e o terceiro posto mundial para homens e mulheres, em igual medida.
Ainda dentro do item Qualidade de Jogo, é meta federativa trabalhar no sentido de se conseguir que o tempo útil de jogo seja superior a 60 por cento. Assunto que tem sido matéria do dia em diversas ocasiões, nomeadamente no futebol profissional. São outros objetivos conseguir uma ocupação dos estádios superior a 50 por cento nas várias competições, chegar ao milhão de utilizadores das aplicações tecnológicas da FPF e seleções, subir a audiência média do futebol feminino para 115 mil telespectadores (uma aposta estratégica que conta com o canal "11"), promover a sustentabilidade financeira e a qualificação dos dirigentes.
Para tal empreitada, a FPF definiu 15 programas, a implementar a partir de segunda-feira, que abarcam praticantes de todas as idades e géneros, assim como as novas relações entre consumidores, conteúdos e tecnologias, além do reforço do papel do desporto escolar à boleia do futebol.
Por fim, a visão genérica da FPF para o futebol luso: ser capaz de se relacionar com todos os portugueses, criando oferta desportiva, educacional e social adequada a todas as idades e géneros; ser o maior veículo promocional de Portugal no Mundo por via da sua qualidade; ser o principal promotor da igualdade e da integridade na sociedade; ser exemplo de sustentabilidade e o maior formador de referência de jogadores, treinadores, árbitros e outros agentes.
14813501