"Fomos informados que o Defendi tinha testes com pesquisa de anticorpos positivos"
Apontado à titularidade para o jogo com o Gil Vicente, o guarda-redes Rafael Defendi foi impedido de jogar pela Direção-Geral de Saúde.
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Rafael Defendi passou um dia de incerteza com informações diversas sobre a sua utilização que culminaram na ausência do guarda-redes que ia ser titular em Barcelos.
O guardião, que em março já tinha acusado positivo à covid-19, testou inconclusivo nos testes feitos 24 horas antes da partida, fez uma contra-análise que deu positiva, ainda assim foi autorizado a ir a jogo, mas a utilização acabou por ser travada pela DGS. A situação foi explicada por Diogo Gomes, médico do Famalicão.
"O Defendi tem antecedentes de infeção para a covid-19 no passado mês de março. Cumpriu sempre com as recomendações das autoridades de saúde, teve critérios de cura com dois testes negativos em abril e teve alta. Isto durante o período de suspensão da Liga. Posteriormente, ao abrigo do plano de retoma da Liga, num dos testes de rastreio voltou a ter um resultado positivo, desta vez assintomático. Mais uma vez, voltou a cumprir um período de isolamento, apresentou critérios de cura e voltou a ter alta, tem vários testes negativos até ao dia de ontem [oito no total], mas ontem testou inconclusivo e ao abrigo do plano de retoma fez uma contra-análise no dia de hoje que veio positiva. Neste sentido, estaria automaticamente ausente deste jogo. Durante a tarde, fomos informados pelas autoridades de saúde que o atleta poderia participar no jogo, devido aos seus antecedentes, por ter testes com pesquisa de anticorpos positivos. Fizemos as nossas diligências para o ter no jogo, mas momentos antes da partida fomos avisados que o atleta não estaria autorizado para participar. Sempre cumprimos com o plano de retoma da Liga", salientou o clínico.
Defendi é um dos quatro jogadores do Famalicão que testaram positivo à covid-19, mas depois disso teve dois testes negativos que, tal como o clínico explicou, lhe permitiram voltar a treinar e ser opção, inclusive, contra o FC Porto. Entretanto, acumulou um total de oito testes negativos. Agora, volta a testar positivo. O mais provável é que o caso de Defendi seja um positivo não contagioso ou, até, um falso positivo dada a sensibilidade dos testes PCR (zaragatoas).
De resto, uma situação semelhante já havia sido detada na Coreia do Sul.