Presidente do Benfica está a segurar jogadores e o médio também tem em vista um novo vínculo
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Os responsáveis encarnados estão a implementar, progressivamente e à medida que a disponibilidade de tesouraria o permite, uma política que visa premiar o rendimento e a dedicação dos jogadores ao Benfica, procurando também garantir uma ligação prolongada, que potencie a estabilidade do plantel. Florentino é, segundo O JOGO apurou, um dos nomes em cima da mesa do presidente Rui Costa para entrar no projeto… 2029.
Depois das renovações de Aursnes, Tomás Araújo, Bah e Bajrami, além de mais três jovens da equipa B - Diogo Spencer, Diogo Prioste e Hugo Félix -, que estenderam todos a sua ligação ao emblema da águia até 2029, Florentino é agora o único habitual titular com um vínculo mais “precário”, dado que renovou em 2022 e assinou por cinco temporadas, ou seja, até 2027. Nesse contrato, o jogador agora com 25 anos ficou blindado com uma cláusula de 120 milhões de euros.
A importância que o camisola 61 tem tido no rendimento da equipa, sobretudo pela coesão e o equilíbrio que transmite ao conjunto e permite libertar outros jogadores para o ataque, tanto sob o comando de Roger Schmidt como depois com Bruno Lage, será refletida em termos contratuais, o que significa que, embora a cláusula de rescisão não deva sofrer alteração, o jogador poderá receber um incremento nas suas condições salariais.
Depois de ter sido lançado por Bruno Lage, em janeiro de 2019, Florentino perdeu protagonismo com a saída do treinador setubalense na ponta final da época seguinte e acabou por ser emprestado a Mónaco e Getafe antes de voltar à ribalta encarnada. Colocado à disposição de Roger Schmidt pela SAD, o médio convenceu o treinador alemão e arrancou para uma campanha de 54 jogos, seguindo-se outra de 45. Agora leva 20 e é o nono mais utilizado do plantel encarnado.
Onze para o futuro e mais seis lá perto
Somando as contratações de início de temporada às renovações já asseguradas, os responsáveis da SAD encarnada já “amarraram” um onze para as próximas quatro temporadas, naquele que é um plano que visa manter os ativos durante mais tempo - como objetivo principal - ou, pelo menos, bem blindados e, com isso, obrigar eventuais interessados a puxar dos milhões para negociar transferências. Além deste lote extenso de jogadores, o plantel inclui mais seis que têm ligação até 2028, o que significa que quase 70 por cento do lote de atletas está protegido por três ou mais épocas.
No grupo que possui uma maior ligação contratual, o Benfica tenciona ainda incluir mais um elemento. Amdouni, dianteiro que está na Luz emprestado pelos ingleses do Burnley, está nos planos da SAD para prosseguir a sua carreira de águia ao peito, numa decisão já tomada internamente e que será consumada mediante a liquidação da opção de compra, que registava um pagamento inicial de dois milhões de euros pela cedência, a que se somam mais 18 para tornar a ligação definitiva. Também Renato Sanches tem uma opção de compra de dez milhões de euros, mas ainda será alvo de avaliação, sobretudo física, ao longo da temporada. Kaboré, também emprestado, será devolvido ao Manchester City, e há mais dois casos pendentes.
Os casos dos campeões Otamendi e Di María
De facto, há dois jogadores que terminam contrato no final da temporada e cuja situação, embora diversa, será alvo de avaliação e negociação. Otamendi, o capitão de equipa, continua a ser um dos pilares da equipa, mas o apelo do River Plate para o regresso à Argentina deverá falar mais alto, mesmo que seja depois do Mundial de Clubes, que se realiza entre junho e julho. Di María, que será a estrela da companhia para a referida competição, está nos planos de Rui Costa para acertar um novo vínculo, que será discutido, mas cujo desfecho é incerto.
Seleção é objetivo ainda em lista de espera
A preponderância que Florentino tem tido no Benfica desde 2022/23 não teve correspondência a nível de Seleção Nacional, dado que o médio segue longe das convocatórias de Roberto Martínez. O jogador das águias ainda tem esse objetivo de carreira, como se comprova pelo facto de continuar a recusar os convites para jogar por Angola, onde nasceu.