Caso Fernando Gomes seja reeleito, o atual líder da FPF apostará num modelo de organização e gestão mais empresarial, com uma comissão executiva, composta por quadros de competências diversas.
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Entre os impactos da covid-19 e a preparação para o ato eleitoral na Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que se apresenta à reeleição para a presidência do organismo, está a ponderar uma reestruturação séria no modelo de organização do organismo que tutela o futebol nacional e que, apurou O JOGO, passará pela criação de uma comissão executiva que agregue quadros e competências capazes de fazer face aos desafios crescentes, entre eles os impactos a médio e longo prazo da atual crise pandémica.
O atual líder federativo tem estado a ultimar o seu programa para as próximas quatro temporadas - as eleições estarão a ser ponderadas para finais de junho ou inícios de julho - e já iniciou conversações com pessoas de vários setores de atividade para, eventualmente, virem a integrar esse quadro de competências, que responderá diretamente à Direção da FPF, mas terá poderes executivos, num modelo mais "corporate" empresarial.
Eleições na Federação Portuguesa de Futebol apontadas para finais de junho ou princípios de julho, após adiamento devido à covid-19
Conversas que, apurámos, se enquadram no empenho pessoal em manter unida a família do futebol, nomeadamente face a desafios que ganharam dimensão nos seus mandatos anteriores - Seleção, futsal, futebol feminino e o próprio canal televisivo "11" - e que são hoje gerados pela pandemia, com impactos variados nas competições e organização das mesmas, das profissionais às distritais e de formação.
Com uma reestruturação como a que está a ponderar operar, caso seja reeleito, Fernando Gomes pretende reforçar a capacidade da FPF para lidar com os profundos problemas do futebol. Para avançar na direção de um novo modelo organizativo, pretende reforçar a estrutura com quadros de elevada competência, que oferecerão à comissão executiva a agilidade necessária já a partir da época 2020/21. Razão pela qual, o presidente da FPF, cargo que também ocupa no Comité de Competições de Clubes da UEFA, tem auscultado muitas personalidades, inúmeras pessoas do futebol, da indústria da comunicação social e televisiva, das principais patrocinadoras do futebol e de vários clubes, ligas e federações de topo.