Exibição com o Arouca foi um sinal de evolução e de que as conversas frequentes com a equipa técnica estão a produzir resultados. A ausência e a chegada de Díaz em cima do jogo de Alvalade favorecem-no.
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Ver Pepê jogar pela direita no Grémio foi um fenómeno bastante raro. Segundo o portal "Wyscout", não foram mais do que três vezes pela equipa principal.
As características do brasileiro sempre casaram melhor com o flanco contrário, de onde costuma sair em direção a zonas interiores para procurar o remate ou o último passe, e foi a pisar aqueles terrenos que convenceu o FC Porto a pagar 15 milhões de euros ao clube de Porto Alegre para o contratar. Mas desde que deu entrada no Olival que Sérgio Conceição tem tentado acrescentar-lhe mais essa valência.
O jogo-treino com a equipa B, no sábado, foi uma espécie de ensaio para o jogador de 24 anos, à boleia da ausência dos trabalhos de todos os jogadores que normalmente desempenham esse papel (Otávio, Corona, Fábio Vieira e Francisco Conceição).
Brasileiro chegou para a esquerda, mas Conceição tem tentado acrescentar-lhe outra valência
Inicialmente, o aparecimento de Pepê à direita foi pensado como medida preventiva para a saída de Corona. Confirmando-se a continuidade do mexicano, a opção será menos frequente, mas é mais um solução a que Sérgio Conceição pode recorrer para criar dúvidas e problemas ao adversário. Por agora, é na esquerda que o treinador espera ver o brasileiro crescer e, por isso, as conversas entre o jogador e a equipa técnica têm sido frequentes.
O objetivo é apressar a adaptação ao futebol europeu, já que o calendário não dá tréguas. A exibição com o Arouca, em que viu um golo anulado, foi um sinal de evolução que deixou todos satisfeitos. Se será suficiente para lhe valer uma oportunidade com o Sporting, só sábado se saberá. Mas a ausência de Luis Díaz na última semana, bem como a chegada "em cima" do encontro com o Sporting, só favorecem Pepê e fazem-no sonhar com um lugar no onze... à esquerda.