Central brasileiro revelou que ganhou músculo no FC Porto e que sonha com o Mundial"2018.
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Quase dois anos depois de ter cruzado o Atlântico para representar o FC Porto, Felipe diz-se perfeitamente adaptado a Portugal. Já está acostumado à cultura, ao estilo de jogo e aos ataques pessoais dos adversários. O Benfica chegou a rotulá-lo de "Felipe vale tudo" e despertou no brasileiro ainda mais vontade de triunfar. "Deu-me mais gás", admitiu, em entrevista ao canal "Esporte Interativo". "É um sinal de respeito e um sinal de que os estou a incomodar. Se fossem os meus adeptos a dizê-lo, ficaria incomodado. Mas sendo o meu rival... [encolhe os ombros]", referiu o defesa portista, que reconhece várias transformações desde que chegou a Portugal. E não foi só no estilo de jogo. "Saí do Corinthians com 81 quilos e, hoje, tenho 86. O meu peso anterior fazia muita diferença nos duelos com os avançados mais baixos. Precisava de ganhar massa muscular e o facto de aqui se trabalhar bastante no ginásio ajudou-me imenso. A minha percentagem de gordura caiu e atualmente sinto-me mais forte", admitiu.
A capacidade física que Felipe e os companheiros vão evidenciando esta temporada é, de resto, um dos segredos apontados pelo central para o sucesso do FC Porto. O outro é... Sérgio Conceição. "Trouxe mais algum tempero à equipa", defendeu, numa opinião que vai ao encontro da que Brahimi já havia manifestado em entrevista à revista "Onze Mondial", que O JOGO citou na edição de ontem. "Se calhar é a forma como ele fala que nos motiva em todos os jogos. Em casa não precisamos de incentivo, mas fora, onde não temos tantos adeptos, é preciso atenção o jogo todo. Fisicamente também estamos bem e esses detalhes vão fazendo a diferença", sustentou o brasileiro, que, por tudo isto, não perde o sonho de ser chamado pelo selecionador canarinho para o próximo Mundial, na Rússia. "O Tite vai avaliar o que fiz e vai avaliar quem tem mais qualidade para ir à seleção. Enquanto não sair a lista, tenho esperanças de ir [ao Mundial]. Estou a fazer um bom trabalho e essa vaga é muito desejada", admitiu, já depois de ter reconhecido que a expulsão com o Mónaco, na fase de grupos da Champions - a primeira pelo FC Porto -, foi uma atitude irrefletida. "Quando ele [Ghezzal] colocou a mão no meu rosto fiz aquele gesto de cabeça. Foi um erro com o qual aprendi e que não vou repetir", prometeu.