Portistas anunciaram lotação esgotada para o jogo contra o V. Guimarães e estudam a melhor forma de recordar o falecido ex-presidente. Elementos das duas claques do clube, “Super Dragões” e “Coletivo 95”, juntaram-se no bairro do Cerco, no Porto, para recordar o ex-dirigente azul e branco na noite de sábado.
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A receção ao V. Guimarães será o primeiro jogo em casa do FC Porto desde a morte de Pinto da Costa, a 15 de fevereiro, e deverá servir para mais uma homenagem. O clube já anunciou lotação esgotada para o encontro da 23.ª jornada do campeonato, que poderá colocar os azuis e brancos “apenas” a quatro pontos do topo da classificação, e O JOGO sabe que está a estudar a melhor forma de prestar mais um tributo ao dirigente mais titulado da história do futebol. Por agora, foram instalados dois “outdoors” no recinto com o nome de Pinto da Costa e a referência “Presidente dos Presidentes”, um dos quais nas proximidades da porta 24, onde os adeptos criaram um memorial de forma espontânea.
A Direção liderada por André Villas-Boas, bem como a equipa de futebol e outras personalidades do mundo do desporto e não só, caso de Sérgio Conceição, ex-treinador dos dragões e agora no Milan, passaram pelo local antes de os mais de dez mil objetos deixados em forma de agradecimento terem sido recolhidos, na quinta-feira.
Depois da enorme mobilização no dia da morte (15 de fevereiro), do velório (16) e do funeral (17) de Pinto da Costa, que levou mais de dez mil pessoas às bancadas do Dragão para se despedirem do até aí presidente honorário, os adeptos do FC Porto continuam a desdobrar-se em homenagens. Na noite de sábado, dia da missa de 7.º dia, elementos das duas claques do clube, “Super Dragões” e “Coletivo 95”, juntaram-se no bairro do Cerco, no Porto, para recordar o ex-dirigente azul e branco. Além do uso de tochas e potes de fumo, foram estendidas várias tarjas e imagens num dos edifícios. Numa das mensagens lia-se “Amor Eterno”. Noutra, a parte final do poema “Cântico Negro”, de José Régio, que Pinto da Costa declamava de cor e salteado: “Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí”.