Em causa o alegado arremesso de uma cadeira a um agente da autoridade no encontro com o Sporting. Dragões vão apresentar recurso, mas ainda não decidiram se no TAD ou no Conselho de Justiça
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O FC Porto foi punido com um jogo à porta fechada pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, apurou O JOGO junto de fontes ligadas ao processo. O castigo, aplicado pela secção não profissional do órgão de disciplina, pune um ato de ofensa corporal a agente desportivo na final da Taça de Portugal, a 29 de maio de 2019 (há quase nove meses), que os leões venceram no desempate por grandes penalidades (5-4), após o 2-2 nos tempo regulamentar.
Em causa está o alegado arremesso, por parte de um adepto dos dragões, de uma cadeira, que terá atingido um polícia. Ora, no âmbito das funções que estava a exercer no Jamor, o polícia é considerado um agente desportivo, à luz dos regulamentos. O FC Porto, ao que O JOGO apurou, vai apresentar um recurso deste castigo, mas ainda não decidiu se o fará para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) ou para o Conselho de Justiça da FPF.
Em ambos os casos, ainda tem alguns dias para o fazer, evitando que a sanção se torne efetiva, visto que este mecanismo suspende automaticamente a sanção, como já aconteceu com castigos aplicados, por exemplo, ao Benfica.
Nesta caso, se o castigo vier a ser confirmado por outras instâncias, muito dificilmente seria cumprido esta temporada. As decisões do CD são passíveis de recurso para o TAD e, depois, as partes derrotadas podem ainda recorrer para o Tribunal Central Administrativo e, mais tarde, para o Supremo Tribunal Administrativo.
O Benfica, recorde-se, tem castigos de sete jogos à porta fechada que estão a aguardar os respetivos recursos. Seis jogos à porta fechada aplicados pelo CD e um pelo IPDJ. Só para situar os trâmites e os "timings" que estes processos levam, um deles prende-se com um jogo dos encarnados com o Estoril, disputado a 21 de abril de 2018.
O castigo do CD foi aplicado em setembro desse ano, seguiu-se depois o recurso para o TAD, que só em janeiro deste ano (16 meses depois) confirmou a decisão anterior, levando a SAD do Benfica a solicitar a apreciação por parte do Tribunal Central Administrativo Sul, ainda sem data para a sentença.
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