Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do FC Porto no encontro com o Feirense.
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Casillas 7
Desviou com uma bofetada uma bomba de Edson Farias (30"), que o obrigou a voar para evitar o golo, junto ao poste. Duas defesas consecutivas, já depois da hora, revelaram-se decisivas para manter a baliza a zero.
Maxi Pereira 6
Não subiu tanto e isso evitou-lhe dificuldades para recuperar o posicionamento, quando dá espaços nas costas.
Felipe 7
Depois do jogo de Moscovo, tinha dito que a cobrança num clube como o FC Porto obrigava cada um a dar mais em cada jogo e ontem deu um golo de cabeça (23"), que colocou a equipa no caminho dos três pontos. Impecável a defender.
Éder Militão 6
Seguro, sempre muito atento, ganhou quase todos os lances em que se envolveu e ainda se aventurou uma ou outra vez na frente para tentar o golo.
Alex Telles 6
Autor da jogada de laboratório, no livre de que resulta o primeiro golo (23"), que envolveu ainda Óliver e Corona. Mas teve um ou outro erro defensivo, à imagem do último lance do jogo, em que se deixou ultrapassar por João Silva, valendo Casillas a salvar o FC Porto.
Danilo 6
Importante na recuperação de bola e na cobertura no corredor central. Subiu para aproveitar algumas sobras do ataque, na tentativa de chegar ao golo, mas não foi feliz no par de remates que ensaiou. No que acertou na pontaria, o árbitro anulou.
Corona 7
Excelente nos duelos e nos diversos cruzamentos que efetuou para destabilizar a defesa, criando sempre pânico. Cruzou para Felipe marcar de cabeça, ao primeiro poste, no livre de laboratório. Confirma-se a boa forma.
Brahimi 7
Bom pormenor na receção de bola, a tocar de calcanhar (40"), para pouco depois (42") acertar na trave, após um cabeceamento de Soares. Os dribles curtos e os duelos ganhos foram um problema para o Feirense, obrigado a recorrer várias vezes à falta para o travar.
Soares 4
O remate ao lado (68"), na sequência de uma grande jogada de Brahimi, foi a imagem da desinspiração, tantas foram as oportunidades desperdiçadas. O resto foram más decisões e algumas más receções de bola. Melhorou com a saída de Marega, cruzando com perigo para Herrera (85"), antes de se isolar (88") perante Caio Secco.
Marega 6
Até ao golo, nada lhe tinha saído bem. Caio Secco ainda segurou o primeiro remate, mas a força do maliano levou-o a marcar, por fim, o segundo golo na liga. Antes (28"), não tinha sido capaz de aproveitar um erro do guarda-redes, que procurava sair com bola.
Herrera 6
Entrou bem no jogo, numa altura em que o FC Porto precisava de recuperar o equilíbrio no meio-campo. Apareceu junto à pequena área para responder a um cruzamento de Soares, tocando de calcanhar (85"), mas Briseño cedeu canto. Grande receção e cruzamento (90"+1") para Adrián López desperdiçar.
André Pereira 5
Mais descaído na direita, entrou para segurar o adversário atrás e ainda se envolveu em algumas jogadas de perigo.
Adrián López 5
Ficou na cara de Caio Secco (90"+1"), mas tentou colocar a bola e acertou ao lado da baliza, desperdiçando o terceiro golo.
A FIGURA: Óliver
Maestro deu discernimento e fluidez
Óliver vinha subindo de rendimento nos últimos jogos e ontem ganhou a titularidade a Herrera. Estranho? Só para quem não segue o FC Porto, porque o espanhol mostrou as razões que levaram o treinador a apostar nele. O futebol ofensivo passou quase todo pelos pés dele, mostrando critério na saída de bola e discernimento nas alturas necessárias para manter a fluidez. Desta vez, o jogo não se engasgou tanto, porque misturou-lhe velocidade de execução e inteligência na procura das melhores soluções para dar largura e profundidade ao jogo. Sempre em doses certas. Foi ele que recuperou a bola no lance do segundo golo, quando Brahimi ainda reclamava uma falta, tocando para Soares que depois assiste Marega. Na primeira parte, tentou o golo, disparando uma bomba à entrada da área (31"), que Caio Seco defendeu a soco. Mais objetivo e pragmático, deixou de "mastigar" tanto o jogo e o adversário teve mais dificuldades para recuperar o posicionamento.