FC Porto: Quadrantis de João Koehler exigia 25 milhões de euros por financiamento de 75 milhões
Esta quinta-feira, a SAD do FC Porto concluiu o tão desejado processo de refinanciamento de parte da sua dívida, tendo chegado a acordo com a banca internacional para um empréstimo de 115 milhões de euros
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Durante a campanha eleitoral para a presidência do FC Porto, João Rafael Koehler desafiou publicamente André Villas-Boas a apresentar um contrato com o "Goldman Sachs ou JP Morgan" que oferecesse taxas de juro de aproximadamente 5%. Esta quinta-feira, a SAD do FC Porto concluiu o tão desejado processo de refinanciamento de parte da sua dívida, tendo chegado a acordo com a banca internacional para um empréstimo de 115 milhões de euros, a ser devolvido no prazo de 25 anos e com uma taxa de juro atrativa de 5,62%, em linha com o que tinha sido prometido por André Villas-Boas durante a campanha eleitoral.
Koehler, que criticou este modelo de refinanciamento na publicação que fez na rede social X/Twitter, acabou por ser ele alvo de críticas de muitos adeptos do FC Porto.
Ora, sabe O JOGO, a Quadrantis – fundo ao qual João Koehler está associado – tinha estabelecido um acordo com o FC Porto para um empréstimo de 75 milhões de euros. Esse entendimento incluía a obrigação de um pagamento inicial de 25 milhões de euros em juros. Ou seja, a taxa de juro nesse financiamento seria de 13% e o FC Porto só recebia 50 milhões de um total de 75 milhões de euros no negócio. Na prática, financiava-se a 7,5% e cobrava a 13% ao FC Porto, que ficou ainda como fiador do empréstimo. Isto mesmo terá sido assinado por Pinto da Costa e Fernando Gomes, então presidente e administrador da SAD do FC Porto. O negócio só não avançou antes das eleições porque Koehler não teve sucesso na busca pelos investidores.
A tudo isto, junta-se ainda que o FC Porto seria o fiador do empréstimo e, como garantia, dava os passes de Otávio e Alan Varela, ficando ainda acordado que a SAD portista pagaria 15 M€ a cada mês de setembro durante cinco anos.