Nas sete vitórias seguidas que leva na Liga NOS, o FC Porto sofreu apenas dois golos. Melhor série da época pode chegar na segunda-feira, com o Moreirense.
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A falta de consistência defensiva do FC Porto tem sido bastante discutida esta época, mas as últimas semanas mostraram uma equipa bem mais segura.
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É, pelo menos, o que dizem os números. Nesta série de sete vitórias na Liga NOS, que permitiram a aproximação ao Sporting, a equipa de Sérgio Conceição sofreu apenas dois golos - um do Portimonense e outro do Santa Clara. Poderíamos ainda recuar mais um jogo, até ao empate sem golos, no Dragão, frente ao Sporting, para acentuar uma tendência de solidez defensiva que sempre foi imagem de marca do treinador, mas que, esta temporada, não se tem verificado, essencialmente a nível interno.
Para se ter uma ideia, e falando apenas do campeonato, foi preciso esperar até 2021, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, para que os dragões conseguissem três partidas consecutivas com a folha limpa: Farense (0-1), Rio Ave (2-0) e Belenenses (0-0). Até então, o FC Porto não lograra mais do que um jogo na Liga NOS sem sofrer, o que ajuda a explicar alguns dissabores, até porque só em duas ocasiões não fez golos. Houve outra série de três jogos sem sofrer, entre Sporting (0-0), Gil Vicente (0-2) e Paços de Ferreira (2-0) e a terceira é precisamente a atual, que começou em Tondela (0-2), passou pela casa do Nacional (0-1) e prosseguiu na receção (1-0) ao V. Guimarães.
Foi entre o fim de janeiro e o início de fevereiro que o FC Porto somou pela primeira vez três jogos seguidos sem golos consentidos no campeonato. Até então, não tinha conseguido mais do que um jogo
Significa, portanto, que a visita de amanhã ao Moreirense (21h15) pode valer não só a melhor série de vitórias da época mas também o maior período com a baliza a zeros, mesmo se incluirmos partidas de outras competições. Juntando então o triunfo (0-1) frente ao Chelsea, a conta sobe para quatro jogos, algo que os azuis e brancos também já tinham alcançado noutras duas ocasiões esta época, com desafios na Liga dos Campeões pelo meio. Alias, na Europa, por oposição, o FC Porto alicerçou boa parte da sua caminhada até aos quartos-de-final na consistência defensiva - mesmo os dois golos marcados pelos blues foram fruto de falhas individuais, não tanto da capacidade dos ingleses em encontrar brechas na defesa portista. Uma diferença já comentada por Sérgio Conceição esta época: "No campeonato, seguramente estamos muito mais tempo no meio-campo ofensivo. Chegam lá menos vezes, mas em situações diferentes das que encontramos na Liga dos Campeões", afirmou o treinador em dezembro. Se a permeabilidade defensiva já deu problemas, é certo que FC Porto chega à reta final do campeonato mais sólido nesse aspeto.
Estáveis mesmo com mexidas
Sérgio Conceição já frisou que sofrer mais ou menos golos "não é um problema da linha defensiva, mas de toda a equipa". Certo é que mudanças ocasionais nas escolhas, por opção ou necessidade, não colocaram em causa este período de quatro vitórias sem golos sofridos. Diogo Leite rendeu Mbemba, em Tondela, onde Sérgio Oliveira, Marega e Taremi começaram no banco. Marko Grujic teve mais tempo de jogo e só não foi titular na receção ao V. Guimarães, partida na qual Nanu substituiu Zaidu, passando Manafá para a esquerda.