FC Porto fala em consistência "que ninguém em Portugal tem tido capacidade para acompanhar"
Analisando a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, o FC Porto diz ser o "único grande clube europeu do futebol português". Uma opinião sustentada nos "sete títulos internacionais", no "número de participações" na prova e nas "16 qualificações" para a fase a eliminar.
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Na terça-feira, o FC Porto garantiu o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões pela 16.ª vez na história e a qualificação ajudou "a consolidar um estatuto" que o clube "já detém há vários anos: o de único grande clube europeu do futebol português", escrevem os azuis e brancos na newsletter Dragões Diário.
Destacando os "sete títulos internacionais conquistados entre 1987 e 2011", o "número de participações na Liga dos Campeões só ultrapassado pelo Barcelona e o Real Madrid" e as "16 qualificações para fases a eliminar da Champions", o FC Porto faz a comparação com a prestação dos restantes emblemas portugueses na Europa.
O papel de Sérgio Conceição foi também destacado, lembrando que com este treinador "o nível do clube na fase de grupos é particularmente superlativo". "Foram obtidas três qualificações em três possíveis, à custa de 11 vitórias e três empates em 17 jogos, o que corresponde a praticamente dois terços de triunfos (65%). São números de equipa grande à escala internacional", pode ler-se.
"O FC Porto não só vai muitas vezes à Liga dos Campeões como ultrapassa a primeira fase da prova na maior parte das ocasiões e consegue-o normalmente com um conjunto notável de resultados", sublinha ainda o FC Porto. "Uma coisa é participar nas competições europeias, outra coisa é ser um clube europeu. Isso só se consegue com uma consistência que mais ninguém em Portugal tem tido capacidade para acompanhar e que poucos na Europa se podem gabar de ultrapassar", acrescenta.
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Leia o texto na íntegra:
"A qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões, garantida na terça-feira frente ao Manchester City, ajudou a consolidar um estatuto que o FC Porto já detém há vários anos: o de único grande clube europeu do futebol português. Mas o que é que fundamenta, afinal, essa condição de "grande clube europeu" e a sua singularidade no panorama do futebol nacional?
Desde logo, um conjunto de dados já bem conhecidos - sete títulos internacionais conquistados entre 1987 e 2011, enquanto os outros clubes portugueses têm apenas três alcançados entre 1961 e 1964; número de participações na Liga dos Campeões só ultrapassado pelo Barcelona e o Real Madrid; 16 qualificações para fases a eliminar da Champions -, aos quais se juntam outros que passam mais despercebidos e que também são muito relevantes.
O facto de o apuramento para os oitavos ter sido confirmado na penúltima jornada da fase de grupos é um indício forte de consistência de resultados. Se tivermos em consideração que o FC Porto até perdeu o primeiro jogo, em Inglaterra, verifica-se que os quatro seguintes foram suficientes para construir uma vantagem que o coloca entre as 16 melhores equipas da Europa, o que não deixa de ser notável tendo em conta o grau de dificuldade da competição.
Este tipo de apuramento precoce está longe de ser uma novidade. Com Sérgio Conceição, é a segunda vez que acontece - em 2018/19, também foi na quinta jornada que os Dragões garantiram a passagem à fase seguinte. E em dez das 16 qualificações não foi preciso esperar pelo último jogo. Ou seja, o FC Porto não só vai muitas vezes à Liga dos Campeões como ultrapassa a primeira fase da prova na maior parte das ocasiões e consegue-o normalmente com um conjunto notável de resultados.
Desde que é treinado por Sérgio Conceição, o nível do clube na fase de grupos é particularmente superlativo. Foram obtidas três qualificações em três possíveis, à custa de 11 vitórias e três empates em 17 jogos, o que corresponde a praticamente dois terços de triunfos (65%). São números de equipa grande à escala internacional.
O que a história da participação do FC Porto na Liga dos Campeões demonstra é que o feito confirmado na terça-feira não foi esporádico, antes se enquadra numa tendência clara de intromissão do clube entre os principais tubarões do futebol europeu. Como já escrevemos na edição de quarta-feira, uma coisa é participar nas competições europeias, outra coisa é ser um clube europeu. Isso só se consegue com uma consistência que mais ninguém em Portugal tem tido capacidade para acompanhar e que poucos na Europa se podem gabar de ultrapassar".