FC Porto B empatou em Tondela "numa espécie de relvado": "Não se pode jogar num campo destes"

Após estar a perder por 2-0 em Tondela, o FC Porto conseguiu chegar ao empate, resgatando um ponto na segunda jornada da II Liga. Em foco esteve o mau estado do relvado, que se tornou tema de conversa nas redes sociais e foi alvo do clube portista e do técnico da equipa B, João Brandão.

"FC Porto B recuperou dois golos de desvantagem numa espécie de relvado em Tondela (2-2)", escreveu o clube portista na sua página oficial, na crónica do jogo, destacando ainda o 1-0: "Diogo Fernandes acabou traído pelo tapete castanho do Estádio João Cardoso."

João Brandão disse estar “satisfeito com a reação da equipa nos últimos minutos e com a capacidade dos jogadores que entraram, mas não com a primeira parte” e muito menos com as “condições difíceis” que impediram a prática da modalidade. “Não se pode jogar futebol num relvado destes. Se queremos promover o espetáculo temos de criar condições para isso. Mérito ao Tondela pela forma como se organizou na primeira parte, mas não podia pedir mais aos meus jogadores neste relvado. O nosso futebol tenta potenciar o talento deles, mas isto não é um campo de futebol. A primeira parte foi do Tondela, sem dúvida, mas a segunda foi diferente, principalmente a partir do momento em que mexemos na equipa. Mérito de quem entrou e se esforçou ao máximo, parabéns aos meus jogadores pela dedicação nestas condições difíceis. Eu sou o responsável pelo 0-2, eles são os responsáveis pelo 2-2”, afirmou.

Na conferência de imprensa, João Brandão reiterou as críticas: “Há culpa nossa na primeira parte, entrámos sem entender o que o jogo estava a pedir e com unidades abaixo do potencial. Nunca empurrámos o Tondela para trás como eles nos fizeram, nunca conseguimos entender que tínhamos de ser mais verticais e de atacar mais o espaço. Quisemos fazer isso nos últimos 20 minutos, mas 20 minutos podem não ser suficientes da próxima vez. Sabemos que é muito difícil jogar aqui, mérito ao Tondela por isso, mas essa consciência das condições tem de estar presente nos grandes jogadores e nós queremos formar grandes jogadores. O futebol joga-se em relvados e não em pelados. Saio satisfeito com a reação da equipa nos últimos minutos e com a capacidade dos jogadores que entraram, mas não com a primeira parte.”