Redução é apenas temporária (três meses) e abrange todos os profissionais da equipa principal, treinadores incluídos, mas a redução de ordenados deverá ser transversal a todo o universo portista.
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Os plantéis profissionais do FC Porto aceitaram a necessidade de uma redução temporária, na ordem dos 40 por cento, dos salários dos próximos meses.
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A SAD portista analisou ao pormenor a situação financeira e chegou à conclusão que este corte é essencial para fazer face aos problemas de liquidez trazidos pela pandemia do coronavírus, que obrigou à suspensão do futebol em quase todo o mundo. A redução dos ordenados entra em vigor já no final do corrente mês e durará, em princípio, até junho - três meses, portanto, mas o FC Porto também se comprometeu a devolver posteriormente, no decorrer da próxima temporada, o valor que lhes será retido nesta fase. Essa compensação poderá ou não ser em forma de prémios, em função do rendimento da equipa.
Jogadores receberam proposta da SAD que visa atenuar os efeitos da crise. Valor será devolvido à posteriori
Os jogadores receberam a proposta e reencaminharam-na para os respetivos empresários e advogados para análise, mas não deverá haver qualquer impedimento. A medida avançará, portanto, já no processamento dos salários de abril e abrangerá também a equipa técnica.
A administração da SAD portista considerou este um "mal necessário", depois de ver reduzidas drasticamente as fontes de receita, no que diz respeito a merchandising, bilheteira e patrocínios. Além disso, tudo indica que o mercado de transferências também se ressinta com a crise, diminuindo os valores das transações.
O FC Porto, recorde-se, está sob a alçada da UEFA por causa do fair-play financeiro e a pandemia não vem, de todo, ajudar as contas. Contudo, o Comité Executivo daquele organismo decidiu suspender as "disposições de licenciamento relacionadas com a preparação e avaliação das futuras informações financeiras dos clubes", permitindo ao FC Porto ganhar algum tempo.