Francesco Farioli pode igualar a melhor sequência vitoriosa da carreira, conseguida nos Países Baixos. Época no Ajax foi do estado de graça à maldição, pelo que o técnico italiano sabe que, além do ritmo das vitórias, necessita de motor fiável numa longa corrida. Ânimo portista à prova na Europa.
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Uma vitória do FC Porto na Áustria ajudará Francesco Farioli a confirmar o seu melhor arranque como treinador e animar ainda mais as expectativas portistas com o futebol jogado, a identidade recuperada e o alcance mais luminoso de qualquer missão medida nos resultados. Para já, o jovem técnico italiano só sabe vencer no banco dos dragões, abraçando um pleno vitorioso em seis jogos da liga, que se revelam combustível inestimável para uma estreia na Europa, no reduto dos austríacos do RB Salzburgo, que vivem, em contraste, um período crítico com um técnico com a corda na garganta.
Farioli chegou e impressionou, revolucionando padrões de jogo e alma competitiva, impulsos de autoestima que se entrelaçam com níveis de confiança que ganham dimensão superlativa, até por um triunfo já logrado num clássico disputado fora de portas. Nesse sentido, o italiano é já visto como responsável por esta promissora imagem e urgência de topo, numa equipa que tem desferido golpes vários aos rivais pela sufocante pressão, poderio nas bolas paradas e nas dinâmicas mais vertiginosas.
Uma receita que se cola ao trajeto de Farioli, ainda curto, mas já flamejante, conduzido por bons sinais. Na Turquia e França fez um caminho chamativo, no Ajax fez valer um impacto imediato e foi nos Países Baixos que alcançou uma série de sete vitórias consecutivas, cinco referentes a lides domésticas, envolvendo PSV e Feyenoord, crónicos rivais, e outras duas na Europa. No FC Porto pode igualar, agora, o seu melhor registo, residindo, neste particular, outro cenário atrativo para os azuis e brancos dobrarem todas as dificuldades expectáveis na Áustria.
Como se diz na gíria, não conta como começa, conta como acaba, tendo Farioli essa lição bem presente face ao final terrível da última temporada. Além de uma caixa de velocidade em rotação acelerada, a sétima vitória apresenta-se a norte dos Alpes e o treinador procura um motor fiável para toda a época.
Golos exibem a transformação
Já se condensam dados suficientes para dizer que bons arranques funcionam como imagem de marca de Farioli, pois, também no Nice, em 2023/24, conseguiu prolongar invencibilidade nos primeiros 13 jogos da temporada. Outro dado relevante que exalta a boa forma dos dragões, e um apetite furioso pelas balizas rivais, vem da comparação deste início de época com o que foi produzido no ano de 2025, com Vítor Bruno e Anselmi, na I Liga. Em 23 jogos, a equipa portista só por duas vezes marcou três ou mais golos. Agora, já o fez por três vezes.