O técnico do Roma treinou Leandro Pires no Aves em 2011/12 e reconheceu-lhe talento para orientar um plantel, ao ponto de lhe colocar a braçadeira. Foi o prenúncio do que seria o futuro.
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Acertada que está a rescisão amigável com Augusto Inácio, o treino de ontem de manhã foi orientado por Leandro Pires, treinador dos sub-23. Campeão da Liga Revelação e da Taça deste escalão competitivo, Leandro Pires, a cumprir a segunda época como treinador do Aves, é um homem da casa. Esteve uma década - de 2005 a 2015 - com o emblema avense ao peito, participando em 249 jogos e marcando três golos.
A recetividade do plantel ao treinador interino - ainda se aguarda a decisão de Daniel Ramos ao convite feito pelo Aves para ser o próximo treinador - foi boa, ficando os atletas satisfeitos com a sessão e motivados para o jogo em casa do Belenenses. O primeiro a reconhecer-lhe o talento para liderar foi o atual treinador do Roma, Paulo Fonseca.
"No último jantar da época, o Paulo colocou-lhe a braçadeira de treinador no braço. Quis homenageá-lo pelo ano que teve, apesar de não ter sido muito utilizado. Viu-lhe qualidades e vontade de ser treinador. O Leandro transmitiu sempre ao grupo uma mensagem importante, lutou para que as coisas corressem bem, ajudou a passar a mensagem do Paulo Fonseca", contou Paulo Grosso, médio que partilhou a mesma década com Leandro, ambos como capitães. Leandro é, diz o ex-colega de profissão, alguém que "facilmente se segue". "De todos os jogadores com quem me cruzei, umas das pessoas em quem reconheço mais as qualidades de líder é ao Leandro. É uma pessoa que facilmente se segue e se aceita. É próximo das pessoas, mas alguém que se respeita naturalmente", apontou.
Grosso revelou que Leandro ficou de "lágrimas nos olhos" pelo gesto de Paulo Fonseca. "Acredito que tenha tido momentos difíceis e ser reconhecido, naquele momento, foi emocionante para todos." Mas não foi o único a ser destacado: no mesmo jantar, Nuno Campos, adjunto de Fonseca, colocou no braço de Grosso a braçadeira de adjunto. Fonseca acertou, Campos nem por isso, já que Pedro Grosso preferiu dar continuidade ao curso de Medicina, que está prestes a acabar.
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