Farioli justifica substituição em Alverca: "Estava um pouco doente"

Após oito anos o FC Porto passa de novo o Natal na liderança da I Liga. Como vê este registo? Não teme que possa acontecer com o FC Porto o que aconteceu com o Ajax? "Acho que há duas semanas disse que nunca vi ninguém a comemorar um troféu em dezembro. Então, acho que esse é o espírito e é isso que temos de fazer. Temos de avançar com os passos certos, com o compromisso certo. Como vos disse, agora vamos dar alguns dias de folga aos jogadores para descansarem, porque acho que eles realmente merecem. Mas, em breve, vamos voltar a trabalhar muito, porque a chave destas primeiras 24-25 semanas tem sido o trabalho, o sacrifício, a capacidade de suar a camisola, isso é realmente algo que representa o ADN do FC Porto acima de tudo. Estou muito grato por representar e fazer parte de uma equipa de jogadores que trabalham muito. Eles colocam sempre a equipa à frente de qualquer outro interesse. Para nós, o principal desafio é manter este espírito coletivo acima das questões individuais. E manter a calma, porque agora temos de jogar jogos da liga, jogos da Liga Europa, jogos da taça. Muitas coisas vão acontecer entre o próximo jogo em dezembro e janeiro, que será um mês inteiro. Como podem imaginar, não terei muito tempo para fazer cálculos e olhar muito para o passado."

Diogo Costa fez o jogo 150 pelo FC Porto. O próximo passo é a renovação? "Estou muito contente pela exibição de hoje, porque precisámos dele, sofremos um bocado durante dez minutos e ele fez duas grandes defesas. Mas, em geral, é um jogador que, com o seu carisma, a sua aura, a sua presença e a sua liderança natural, está a ajudar imenso a equipa. Os seus colegas de equipa, claro, em campo, com todas as qualidades que mencionei. Mas também fora do campo, para definir os padrões, para me ajudar a liderar este grupo com os outros capitães da equipa. Para manter todos humildes e estáveis neste momento. Então, sobre o Diogo, repito, estou muito feliz por trabalhar com ele e espero prolongar a nossa colaboração também no futuro."

O presidente foi ao balneário e disse algo à equipa? "O presidente está lá para receber a equipa, cumprimentar os jogadores. Ele está a acompanhar, está muito presente também nos treinos. Não só nos jogos. Por isso sentimos a sua presença, sentimos o seu apoio. Como lhe disse, acho que é muito importante ter esta ligação entre todas as partes envolvidas no processo. O clube e as pessoas que representam o clube. Claro, o presidente. Mas também o Tiago e o Enrique, que estão diariamente connosco. E todos devem estar próximos, apoiar e avançar na mesma direção."

Lançou Francisco Moura ao intervalo pelo Alberto Costa, houve alguma lesão? "O Alberto, não. O Alberto estava um pouco doente antes de começar o jogo. E ao intervalo disse-me que não estava em condições de continuar a partida. Mas não é nada mais do que isso. Não arrisquei com o Francisco desde o primeiro momento. Porque ele teve alguns problemas, como sabem, no último dia. Ele não treinou no primeiro dia. Ontem, teve uma sessão completa e esteve muito bem. Por isso, achei que era a decisão certa fazer 45 minutos para ambos."

Pablo Rosario jogou a central e Martim Fernandes à esquerda, por quê essas decisões? "O Pablo acho que não é a primeira vez que faz estas exibições fora da sua posição, acho que se saiu muito bem. Não foi fácil contra uma equipa, como eu disse, que é muito física. É muito forte no jogo aéreo. Então, acho que ele se saiu bem com a bola e sem a bola. Mas, acima de tudo, a sua inteligência e capacidade de se adaptar e ajustar de acordo com as necessidades. E o Martin é outro jogador que, pelas suas características e também pela sua capacidade, pode cobrir mais do que uma posição. Com certeza que ele pode jogar na ala esquerda ou na ala direita. E acho que, no último período, ele está a jogar muito bem. Estou muito feliz com a sua progressão. Acho que ele está a crescer muito. E agora que está totalmente recuperado da lesão que teve, com certeza que nos vai ajudar nos próximos meses."

Qual a importância dos centrais na saída? "Nos nossos jogos os centrais são sempre jogadores chave parta iniciar as ações, têm de ter a iniciativa para começar as situações ofensivas. Às vezes os adversários tentam encontrar soluções e adaptações, é sempre difícil entender o que vai acontecer. Mesmo a analisar muitos jogos do rival, nunca sabemos como será, e não temos muito tempo para treinar. É muito importante ser inteligentes e perceber o momento, encontrar soluções para a estratégia do adversário. Desejo bom natal e aos nossos adeptos que voltaram a dar um apoio fantástico."