Farioli, as "equipas camaleónicas" de Mourinho e a "semana quase limpa" do Benfica
Declarações de Francesco Farioli, treinador do FC Porto, na antevisão ao clássico com o Benfica, agendado para as 21h15 de domingo e a contar para oitava jornada da I Liga
Corpo do artigo
O treinador do FC Porto, Francesco Farioli, afirmou este sábado que a equipa está preparada "para tudo" no clássico com o Benfica, destacando o respeito pelo adversário da oitava jornada da I Liga.
De regresso à I Liga após o jogo da Liga Europa, o técnico italiano disse ter preparado o encontro de domingo "com muita atenção", analisando vários jogos do Benfica, que descreveu como "uma equipa de Liga dos Campeões, com grande orçamento e ambição".
Admitiu, contudo, que os encarnados tiveram "quase uma semana limpa" para preparar o jogo, ao contrário dos dragões, que defrontaram o Arouca na segunda-feira e o Estrela Vermelha três dias depois.
Farioli elogiou José Mourinho, considerando-o "uma referência" e "um dos treinadores mais bem-sucedidos da história", mas frisou que o FC Porto não jogará "contra Mourinho, mas contra o Benfica", devendo concentrar-se "nas dinâmicas e cenários do jogo".
Sobre as palavras do treinador adversário, que não apontou o FC Porto como favorito, o italiano limitou-se a concordar, sublinhando que "o clássico é importante, mas não decisivo", já que "muita coisa pode ainda acontecer" na temporada.
Para Farioli, as equipas de Mourinho distinguem-se por serem "camaleónicas", capazes de se adaptar a diferentes contextos, razão pela qual o FC Porto tem de estar "preparado para o inesperado".
O técnico destacou também o apoio dos adeptos, dizendo sentir "fé e confiança desde o primeiro dia" e garantindo que a equipa quer "retribuir essa energia" com uma boa exibição.
Depois do triunfo europeu frente ao Estrela Vermelha, reconheceu que preferia ter "fechado o jogo mais cedo", para evitar excessos de confiança, e alertou que o desafio com o Benfica exigirá "grande esforço físico e mental".
Ainda a recuperar de uma gripe, Farioli disse que o calendário "não ajudou", com três jogos em seis dias, mas elogiou o envolvimento do grupo e a resposta dos jogadores, sublinhando que tem várias opções disponíveis, apesar da ausência de Martim Fernandes, suspenso.
Sem entrar em euforias, o treinador valorizou o trabalho coletivo e a ligação ao clube e à cidade.
"Representamos uma cidade de pessoas que trabalham muito. O importante é continuar o percurso e, no fim, veremos onde estamos", concluiu.
O FC Porto, líder do campeonato, com 21 pontos, recebe no domingo, às 21:15, o Benfica, terceiro, com 17, no encontro que fecha a oitava jornada e que será arbitrado por Miguel Nogueira, da associação de Lisboa.