Lincoln foi um dos grandes nomes da Liga portuguesa fora dos três grandes e acabou por chegar ao Fenerbahçe, depois se ter falado do FC Porto. Não soube de nada mas admite que era algo tentador.
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Lincoln, médio-ofensivo de 24 anos, foi nome forte a mexer o mercado português no final da época passada, no culminar de três excecionais campanhas do Santa Clara na Liga, que valeram nono, sexto e sétimo lugar. O criativo brasileiro encheu o campo em vários jogos com recursos muitas vezes arrebatadores, tendo ficado à vista uma exibição mágica diante do Sporting. Foi muito falado para o FC Porto, mas acabou contratado pelo Fenerbahçe de Jorge Jesus, onde foi peça fundamental até gravíssima lesão sofrida no início de março diante do Sevilha, na Liga Europa. Fez 34 jogos, marcou dois golos e contabilizou oito assistências.
Até à lesão foi aposta certa de Jorge Jesus. Resultou a mudança para a Turquia?
-O Jorge Jesus falou comigo antes de vir para cá. Convenceu-me, é um grande treinador! Eu já conhecia a Turquia, tinha estado emprestado ao Rizespor pelo Grémio. Gosto do país e da cultura. E também da competição, que é bastante forte e ajuda qualquer jogador a evoluir. Há jogadores de muita qualidade em todas as equipas. Não é um campeonato nada fácil. Vou orar pelos meus companheiros para que vençam os dois jogos e assim ainda podemos sonhar com o Campeonato.
Depreendo que Jorge Jesus foi decisivo?
-Conversei com Jesus e depois acertei com o clube. Ele perguntou-me o que achava da equipa e da Liga. Contei-lhe da minha experiência anterior no país, em que fui campeão da 2ª Divisão. Falar com ele facilitou-me a mudança.
Esteve ou não perto do FC Porto?
-Na verdade, não tive quaisquer convites de Portugal. Falaram muito do FC Porto, que ia fazer proposta mas, do que eu sei pelo que me disseram os dirigentes do Santa Clara, não chegou nada ao clube. Por mim não passou nada. Informaram-me disso, se não houve proposta não havia como ir para o FC Porto, nem para qualquer outra equipa de Portugal.
Quando soava essa possibilidade, mexia consigo?
-Não posso dizer que não gostava! Não era por ser o campeão, qualquer um conhece a grandeza do FC Porto, é um gigante europeu que muito admiro. Só soube do Fenerbahçe e de outros dois clubes e aí a conversa com o míster Jesus resolveu. Estou muito feliz pela decisão tomada.
Sente que face às épocas produzidas tardou essa mudança e, se ainda até pelo grau de promessa que foi no Brasil, acredita numa carreira muito mais próspera?
-A minha última época acho que foi de nível suficiente para dar o salto, mas a anterior também. Nem tudo corre como queremos ou ao ritmo que queremos. Eu também sou alguém com paciência, não sou de desespero, prefiro viver o presente. Sentia-me já há muito preparado para outros voos e sabia que com trabalho algo ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Todos os jogadores pensam em chegar mais longe, uma seleção brasileira não foge da minha realidade, bem como jogar pelas grandes equipas da Europa.
Imagino que esteja a viver uma fase muito difícil, a recuperação de uma operação aos ligamentos em março, que interrompeu essa papel influente no Fenerbahçe...
-Esta lesão foi uma das piores que se pode ter. Ainda para mais até hoje o máximo que estivera parado tinham sido duas semanas. Só devo poder regressar em outubro, é difícil estar limitado. O jogador gosta de jogar mas até por isso vou trabalhar e voltar mais forte. A época estava a correr muito bem.
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