Dá-lhe prazer assistir os colegas e há muito que enchia as medidas do treinador dos gunners. Agradece a Conceição por lhe "dar na cabeça" e o ter ajudado a tornar-se num "jogador mais completo".
Corpo do artigo
Está iminente a oficialização de Fábio Vieira como reforço do Arsenal, depois de o FC Porto ter confirmado que chegou a um "princípio de acordo" para a transferência, por 35 milhões de euros, mais cinco dependentes de objetivos, tal como fora noticiado na véspera.
Entra, como se pode ver em baixo, no top 10 das vendas mais caras dos dragões. Mas ainda antes de todo este processo se iniciar, o internacional sub-21 tecera algumas palavras a O JOGO para resumir a época de afirmação, marcada por 16 assistências e cinco golos, em apenas 1994 minutos.
"[Assistir] É uma coisa que faz parte das minhas características, do que sou como jogador. Gosto muito de fazer o último passe, de assistir os meus colegas e pô-los na cara do golo", comentou Vieira, que já era monitorizado há vários meses pelos gunners, à boleia da curiosidade de Mikel Arteta.
Se o treinador já apreciava a qualidade técnica e visão de jogo de Fábio, mais impressionado ficou com a evolução recente. "Melhorei muito no posicionamento defensivo, era uma coisa que precisava de ajustar. Estou muito mais comprometido a nível defensivo e um jogador muito mais completo", descreveu o criativo, "muito agradecido" a Sérgio Conceição, com quem aprendeu "imenso". "Se o treinador me deu na cabeça durante tanto tempo e continua a dar é porque realmente gosta e quer que eu melhore, porque se fosse ao contrário, não se daria a esse trabalho", vincou. Aos 22 anos, o médio vai escalando etapas, sereno quanto ao inevitável sonho da Seleção Nacional. "Continuo a trabalhar no meu máximo para merecer as minhas oportunidades e ter os meus minutos. Quando tiver de chegar, chega, certamente serei mais um para ajudar", afiançou.
"Temporada em cheio" só teve um lamento
Num balanço no plano coletivo, o saldo só poderia ser positivo com a conquista da dobradinha, a segunda da carreira de Fábio Vieira. "Foi uma época em cheio", atirou o médio. Ainda assim, ficou o lamento por as competições europeias não terem tido o desfecho desejado, pese as circunstâncias complexas na Champions. "Tínhamos um grupo muito forte na Liga dos Campeões, grandes equipas com muita história e qualidade. Fomos para a Liga Europa e tínhamos o objetivo de a ganhar, mas o futebol é assim. Damos sempre tudo dentro de campo, mas não foi possível", analisou o médio, que nas provas da UEFA somou duas assistências, uma frente ao Liverpool e outra diante do Lyon, no jogo que marcou a despedida do FC Porto. "Havia essa ambição de chegar à final. Não deu e tivemos de nos focar nas competições internas."
A esse nível, os dragões bateram o recorde europeu de invencibilidade no campeonato (58 jogos) e só o Braga pôs fim a essa caminhada. "Não tivemos um jogo muito bem conseguido e é óbvio que o Braga também tem uma excelente equipa. Mas acabar com dois títulos era o que queríamos", fechou.