Fabio Cannavaro fica fã de António Silva: "Gostei do seu estilo"

Espectador especial do Benfica-Newcastle de terça-feira, Fabio Cannavaro, antigo central e Bola de Ouro, que contabiliza no currículo um título de campeão do Mundo pela Itália, em 2006, aprova a dupla formada por Otamendi e Morato, que tem sido trabalhada por Roger Schmidt.

Porém, em declarações a O JOGO faz questão de elogiar também o novo camisola 66, António Silva. Bastou um dia de treinos para ficar fã do jovem defesa, a quem augura um bom futuro.

"Otamendi e Morato são dois bons jogadores, conseguiram mandar lá atrás. Transmitem segurança à equipa e permitiram que esta alcançasse um bom resultado. Um é mais alto, forte e canhoto [Morato], o outro mais agressivo e rápido [Otamendi]. É uma dupla que funciona muito bem", descreve ao nosso jornal, acrescentando o nome do defesa que tem convencido Roger Schmidt e que ascendeu de forma meteórica na hierarquia dos centrais da Luz: "O Benfica tem também um outro miúdo, António Silva. Vi-o nos treinos no dia antes do jogo e gostei do seu estilo. É ainda jovem e pode crescer. O Benfica tem bons centrais, Roger Schmidt está bem servido."

Comentando o desempenho dos centrais encarnados, Fabio Cannavaro, agora também ele treinador, aponta o bom entendimento da formação da Luz. "Gostei de vários jogadores. O Benfica tem bons futebolistas, mas gostei de ver como funcionam em equipa", salienta, explicando o porquê da visita a Lisboa. "Estive com o Roger Schmidt, que conheço desde há uns anos, da China. Tenho uma boa relação com ele. Estivemos juntos e acompanhei a equipa no dia antes do jogo, vi os treinos, falei muito com ele. Apercebi-me do trabalho que tem feito no Benfica", afirma.

Cannavaro, que defrontou por quatro vezes Roger Schmidt na China, conhece bem por isso a filosofia do técnico alemão. E garante que já dá para vê-la em prática. "É bom para um treinador ter uma equipa que compreende as suas ideias e coloca-as em campo. O jogo com o Newcastle deu para perceber essas ideias. Não é fácil jogar contra equipas inglesas e o Benfica foi muito intenso, sobretudo na primeira parte. E com o estilo de jogo ofensivo de Roger Schmidt, à procura do golo."

Os dois golos sofridos pelo Benfica são, porém, nota de aviso sublinhada por Fabio Cannavaro. "Há sempre algo que é preciso melhorar. Penso que os golos sofridos são bons exemplos do que o Roger Schmidt ainda tem de trabalhar. Quando a pressão baixa um pouco ou as linhas não estão acertadas, a outra equipa consegue perceber uma forma de superar essa barreira e criar perigo e chegar até ao golo", alerta.