Nazar Terpugov, japonês de sangue russo, brilha nos juniores B do Casa Pia
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Fã do benfiquista João Mário, jogador favorito no campeonato, e adepto do Real Madrid, o clube onde gostaria de singrar um dia, Nazar Terpugov não foge de outro destino encantado.
"Daqui a um ano, vou ter passaporte português e era por Portugal que gostava de jogar, de marcar muitos golos e ganhar um Mundial. Não penso muito na Rússia ou no Japão, apesar de já ter sido pré-convocado pelo Japão. Depois não pude ir, porque a lei japonesa obriga a abdicar de um segundo passaporte. Eu tenho o russo", explica.
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Cinturão negro e sonhos
Nazar Terpugov reconhece a importância da cultura japonesa na sua mentalidade, apesar de notar algumas diferenças.
O discurso de Nazar impressiona, pois, afinal, só tem 16 anos, mas os golos dão essa robustez às palavras. É focado em fixar objetivos e correr sem travão para os alcançar.
"Pode haver algo da mentalidade japonesa, ou da minha formação através do judo, onde já sou cinturão negro. Mas também não tenho nada a ver com eles, no sentido em que não partilham os sonhos, não acreditam nisso. Decidi que queria ser o melhor do mundo e nunca vou trocar esse sonho, vai morrer comigo. O meu irmão é igual, garante que nunca vai perder comigo. Ele já concluiu uma época com 17 golos no Anadia. Agora, não está tão bem", admite o jogador, dando a sua versão de uma curiosidade:
"Não gosto da escola, é muito difícil estudar, prefiro treinar muito forte e ficar cansado. Tenho pressa de assinar um contrato profissional para não pensar mais na escola".
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