Penálti em vez de fora de jogo deu origem a derrota e protestos do Famalicão. Cláudio Pereira falou a O JOGO.
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"Foi um erro da minha responsabilidade", assumiu, a O JOGO, Cláudio Pereira, videoárbitro do Famalicão-Santa Clara deste domingo, a propósito do penálti que resultou no único golo da partida e permitiu aos açorianos levarem os três pontos do Minho.
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Um pedido de explicação deste jornal ao Conselho de Arbitragem levou ao contacto com o VAR de uma partida que terminou com protestos dos famalicenses sobre a arbitragem. Afinal, tudo teve origem numa troca de identidades e em vez de grande penalidade deveria ter sido assinalado fora de jogo de Carlos Júnior.
"Quando foi assinalado o penálti, perdi algum tempo a procurar uma câmara que me mostrasse o contacto do pé do jogador do Famalicão nas costas/braço do jogador do Santa Clara. Também o local da falta foi alvo de análise. Quando confirmei a questão do penálti, comuniquei ao árbitro que a decisão estava correta e que iria analisar a fase de ataque", começou por dizer-nos Cláudio Pereira sobre a decisão de Nuno Almeida, juiz do encontro, e que seria validada pelo videoárbitro, apesar do erro que aqui assumiu.
Troca de identidades é a justificação que nos foi dada pelo VAR do Famalicão-Santa Clara, o que acabou por resultar num penálti a favor dos açorianos quando deveria ter sido assinalado fora de jogo
"Quando estou a ver a jogada completa, analisando o momento do passe, por lapso troquei o jogador n.º 95 [Schettine, n.d.r.] pelo n.º 13 [Carlos Júnior], ou seja, pensei que tinha sido o 95 a sofrer o penálti e verifiquei que estava em posição legal, quando na verdade foi o n.º 13 que jogou a bola e este jogador encontrava-se em fora de jogo. Foi um erro da minha responsabilidade", admitiu.
Criticado pelo treinador da casa
João Pedro Sousa, técnico do Famalicão, deixou críticas ao videoárbitro na sequência do lance que originou o penálti e o único golo da partida de anteontem, ou seja, a derrota famalicense. O treinador absteve-se, no entanto, de incluir o árbitro Nuno Almeida. "Não falo do árbitro, pois ele faz parte do jogo. Tem todo o direito de errar, como eu errei e os meus jogadores. Custa-me é que o videoárbitro erre. Ele foi criado para corrigir erros grosseiros", afirmou, a concluir declarações que começaram por ser de autocrítica: "Foi um mau jogo nosso".