Ex-detetor de talentos do FC Porto não perde há 18 jogos e deixa certeza sobre Diogo Costa

Foi precisamente no mesmo clube onde começou a dar os primeiros passos enquanto treinador que André Ribeiro, de 31 anos, abraçou o primeiro desafio enquanto técnico de uma equipa sénior. O jovem orienta o Lourosa, vice-líder da Série B do Campeonato de Portugal, embora só tenha entrado à quinta jornada, depois de ter substituído Luís Miguel.

Ribeiro estreou-se com uma derrota na Taça de Portugal e outro desaire no CdP. Desde aí, são oito os empates e dez as vitórias que perfazem 18 encontros (mais do que uma volta completa, portanto) sem perder. "O segredo foi o criar rotinas, criar muito método que nos levasse a conseguir vitórias. Se calhar o momento mais difícil é este com dois empates seguidos", confidenciou o treinador em alusão às igualdades recentes diante de Coimbrões e Pedras Rubras.

Este trajeto feito de triunfos ou empates não é porque o Lourosa prefira o pontinho à derrota, embora isso seja sempre naturalmente melhor do que perder. "Um ponto é sempre um ponto, mas nunca estamos satisfeitos com isso. Ainda temos alguma falta de concentração em alguns momentos. Existe alguma falta da procura do golo em momentos cruciais do jogo. No entanto, a equipa sabe que a procura pelo golo tem que ser constante sem nunca perder o equilíbrio defensivo", sublinhou.

O plantel é composto por muita experiência de nomes bem conhecidos dos palcos profissionais como Tozé Marreco (ex- Tondela), Diogo Cunha (ex- Moreirense ou Chaves), Henrique (ex- Boavista), entre outros. "Temos vários jogadores que vêm de outros campeonatos, de outros contextos e isso nem sempre é bom. Temos uma equipa nova e estamos a trabalhar ideias novas, há jogadores que vieram de um contexto acima e outros abaixo e estamos à procura de uma simbiose", explicou.

Com tantas "estrelas" num escalão não profissional, a idade de André Ribeiro não é problema. "A idade é sempre balizada pela competência, não olhamos para a idade como avaliador de experiências vividas e competência.

Diogo Costa e Diogo Dalot marcaram

André Ribeiro foi jogador até aos 24 anos e retirou-se já com a ideia de enveredar pela carreira de treinador. Começou nos juniores do Lourosa em 2005 e voltou aos lusitanistas vindo do FC Porto, onde passou por quase todos os escalões, desde os mais pequenos aos juniores, onde foi adjunto de Folha e João Brandão e onde se sagrou campeão nacional. "Trabalhei com grandes jogadores. O Diogo Dalot é um talento confirmado e o Diogo Costa é um guarda-redes de outros patamares que em breve estará na baliza do Dragão ou noutro grande da Europa", vaticinou.

André Ribeiro também pertenceu ao scout dos portistas, chegou a fazer observação de jogadores da América do Sul para a equipa A, B e Sub-19 e foi o primeiro a descobrir Rui Pedro, agora no Varzim, e que então estava no Paivense. "Tive o prazer de ser o primeiro a referenciar o Rui Pedro. Cheguei a vê-lo jogar como iniciado no Paivense", contou.