
EPA/David Fernandez
Patricio Toranzo é figura nuclear do Huracán, clube no qual foi colega de Gonzalo Martínez.
Gonzalo "Pity" Martínez continua no radar dos leões, que já sugeriram 8,5 milhões de euros como início de conversa para uma eventual contratação do extremo-esquerdo de 24 anos do River Plate. O JOGO procurou apresentar o jogador aos seus leitores e ouviu Patricio Toranzo, patrão do meio-campo do Huracán, onde Martínez se afirmou antes de rumar aos "millonarios".
"Conheço o Pity há muito tempo e ele teve uma evolução enorme", começa por avaliar Toranzo, antes de prosseguir: "Deu um grande salto quando passou do Huracán para o River, que tem um plantel de nível da seleção." "Eu estive no River e sei o grau de exigência que se tem naquele clube e ele está à altura", considerou o experiente médio de 35 anos sobre o ex-companheiro seguido pelos leões, a quem reconhece um espírito intrépido: "Há poucos jogadores como ele, com a sua personalidade. Pode perder a bola ou cometer um erro, mas continua sempre a pedi-la."
"É um jogador que vai sempre para a frente, com convicção. Sabe que é decisivo. Gosta de encarar o seu marcador e, com a sua velocidade e técnica, faz a diferença. Adapta-se a jogar pelos dois flancos e pode também apoiar o avançado pelo corredor central", apresenta Toranzo, que reconhece ainda um grande potencial a Gonzalo Martínez: "O Pity ainda não atingiu o seu auge, pode dar mais. Está a destacar-se numa equipa em que todos tratam bem a bola e, por isso, a exigência é mais elevada. Depois de um processo de adaptação, afirmou-se e hoje é importantíssimo para o River. Claro que a proteção dada por Gallardo foi fundamental para que hoje seja uma figura proeminente."
Os dotes técnicos do extremo canhoto seguido pelo Sporting são enunciados pelo ex-companheiro no Huracán, que destaca uma particularidade: as bolas paradas. "Além da técnica, velocidade e drible, remata muito bem nas bolas paradas. No Huracán, éramos nós que cobrávamos os livres e lembro-me de um jogo com o Unión em que me disse "deixa-me marcar" e meteu-a na gaveta; foi um golaço, o guarda-redes bem voou, mas era impossível apanhá-la. E agora está muito mais tranquilo, já sabe tomar a melhor opção quando o momento é para passar a bola ou para fintar."
Além dos atributos futebolísticos, Toranzo enaltece a tenacidade do extremo de 24 anos: "No Huracán, passámos por momentos difíceis na segunda e o Pity nunca baixou a cabeça, apesar de ser dos mais jovens do plantel. Isso mostra bem a sua personalidade."
