Ex-candidato à presidência do V. Guimarães opõe-se aos moldes da próxima AG do clube
Júlio Vieira de Castro recorda que o clube "dispõe de instalações que permitem presença de maior número de sócios" e sugere à Mesa da AG que "proceda à alteração" do local da futura reunião magna
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Júlio Vieira de Castro, candidato às eleições do V. Guimarães em 2015 e sócio do clube, opôs-se, esta sexta-feira, aos moldes de realização da próxima Assembleia Geral (AG) extraordinária, marcada pela direção vimaranense e que se realizará a 29 de maio.
Em declarações a O JOGO, o engenheiro mecânico assume incompreensão quanto à permissão da presença de apenas 282 associados, num universo de mais de 20 mil, na futura reunião magna, conforme já anunciado.
"Não faz sentido que, tendo sido a própria direção [liderada por Miguel Pinto Lisboa] a solicitar esta assembleia geral extraordinária, se limite a participação dos sócios a um número tão reduzido. Transparece a ideia de que a direção pretende, a todo o custo, evitar o confronto de ideias com os sócios", afirma Júlio Vieira de Castro.
O ex-candidato à liderança do V. Guimarães sublinhou que "não é colocada em causa a validade" da AG, destinada a discutir, detalhara a SAD aquando da sua marcação, "assuntos de reconhecido interesse associativo", mas sim de outras circunstâncias.
"(...) Coloco em causa a validade da decisão tomada quanto ao local escolhido para a realização da mesma e, por consequência os critérios que determinam uma presença tão limitada de sócios", aponta Júlio Vieira de Castro.
Júlio Vieira de Castro insta, por isso, José António Antunes, presidente da Mesa da AG do clube da cidade-berço a "esclarecer as razões que impedem um maior número de sócios, assim como quais são os critérios subjacentes ao local escolhido para a AG" vitoriana.
O pavilhão Unidade Vimaranense, que dispõe de uma lotação limite de 2.500 lugares sentados, foi o local escolhido pelos responsáveis do V. Guimarães para o decorrer da sessão magna, agendada para 29 de maio e que se inicia às 14 horas.
O engenheiro mecânico, face às restrições aplicadas, recorda que o V. Guimarães "dispõe de instalações que permitem a presença de um maior número de sócios", garantindo que estas "têm condições que cumprem os requisitos determinados pela DGS.
Por fim, o ex-candidato a líder do V. Guimarães sugere à MAG "proceder à alteração" do local de realização da AG extraordinária e, por consequência, do número de sócios autorizados a participar na mesma, indicando como alternativa um espaço a céu aberto.
Em comunicado, emitido na passada quinta-feira, a direção de Miguel Pinto Lisboa informou as condições de realização da AG, que decorrerá sob as regras sanitárias da anterior (outubro de 2020), "após validação da Direção-Geral de Saúde", e apelou à deslocação com antecedência dos sócios para que "seja possível cumprir com todas as normas que a DGS impõe para a realização do evento".
A próxima AG extraordinária do V. Guimarães ocorre dias após a equipa principal, que foi orientada por quatro treinadores (Tiago Mendes, João Henriques, Bino Maçães e Moreno) nesta época ter falhado o acesso às competições europeias da próxima temporada.
Além disso, as mais de duas centenas de associados do clube vimaranense autorizados a aceder à AG vão pretender esclarecimentos quanto ao adiantamento de 20 milhões de euros relativos aos direitos televisivos e à admitida possibilidade da entrada de um investidor norte-americano na SAD.