Mais intenso e com pontaria afinada, o internacional brasileiro mostra subida de forma na fase final da época. Arrisca menos no drible do que fazia no Grémio, mas tem maior eficácia.
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No clássico frente ao FC Porto, Everton foi uma das figuras de proa, ao apontar o golo dos encarnados num lance onde a sua qualidade técnica individual ficou bem patente, quer no drible antes da tabela com Rafa, quer na finalização colocada junto ao poste mais próximo de Marchesín.
Everton aumentou disputas, defensivas e ofensivas, nos últimos dois jogos. E na Madeira procura feito único: marcar em três desafios seguidos fora
Mas, mais do que apenas esse tento, o extremo mostrou que está a subir de forma e exibiu, como fizera no jogo anterior com o Tondela, uma evolução na capacidade nos duelos, tanto defensivos como ofensivos. Indiciando um aumento da intensidade nas disputas de bola, até já supera o desempenho na derradeira temporada com a camisola do Grémio.
No que respeita a duelos de cariz defensivo, Everton teve dez contra o FC Porto, o seu maior registo na liga portuguesa até ao momento, superando os oito que havia tido na Luz contra Braga e Farense. A média por jogo é de 5,3 duelos, sendo que no último Brasileirão a mesma se ficou pelos 4,3. Já a eficácia foi dentro da média da época, 60%, mas abaixo dos 80% que tivera com o Tondela.
Quanto a duelos ofensivos, aqueles que mais podem causar desequilíbrios entre as linhas recuadas contrárias, Everton também se mostrou mais "solto" tanto frente aos tondelenses como contra os dragões: teve 23 e 16 disputas individuais, respetivamente, valores acima da média na liga portuguesa (15). Na sua última participação no campeonato do Brasil, teve uma média de 16. Já na eficácia, Everton conseguiu um acerto de 43 por cento perante o Tondela e 38 com o FC Porto, valor que iguala a média na Liga.
Mais assertivo nas disputas, Everton arrisca menos no drible do que fazia pelo Grémio, mas com uma taxa de sucesso mais elevada. Olhando para ao último Brasileirão, terminou com uma média de 9,4 tentativas de drible por jogo; agora, na Liga NOS, apresenta 7,4. Mas tem sido mais bem sucedido: 47,1% contra os 43,7 do ano passado. E tanto com o FC Porto como com o Tondela rebentou com a escala: ante os dragões fez cinco dribles e teve 60% de sucesso (três bem sucedidos), enquanto que frente aos tondelenses tivera um acerto de 55% em 11 tentativas (seis certas).
Em alta, o extremo procura agora ajudar o Benfica a manter viva a difícil ambição de chegar ao segundo lugar. Pela frente segue-se a viagem ao terreno do Nacional e Everton, que até já festejou na Madeira, com o Marítimo, pode fazer algo inédito na carreira: marcar em três jogos seguidos da equipa fora. Isto porque já o fez ante Portimonense e Tondela. E sem olhar ao dono do campo pode também repetir uma série de três desafios consecutivos a marcar, o que não consegue desde setembro de 2019, quando até fez quatro golos a Cruzeiro (bis), Goiás e Santos.