"Eu ficava a olhar e dizia: 'puxa, esse não sou eu'. Precisava de mudar de ares"
Luiz Phellype não escondeu a revolta no Santa Clara por não estar a jogar ao seu nível.
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Como surgiu a hipótese de jogar no OFI?
- Havia um treinador português no OFI, que sabia da minha situação e perguntou-me se eu estava interessado em ir para lá. E eu disse-lhe que sim. Ele sabia que eu não estava satisfeito no Santa Clara. Eu precisava de sair daquele ambiente, pois não era bom para mim.
Porque é que o ambiente no Santa Clara não era bom para si?
- Quando cheguei ao Santa Clara ainda tinha sequelas da lesão, tinha dores. A equipa não estava bem, estava a perder jogos, tinha mudado de treinador duas vezes. O ambiente não estava bom. Eles conversaram comigo para saber das minhas intenções e eu disse-lhes que ia continuar a treinar e a ajudar no que fosse possível, mas a verdade é que não estava feliz. Eles entenderam a minha situação e disseram que eu podia sair.
Mas não se adaptou ao clube, às pessoas...?
-Em relação às pessoas não havia problema nenhum. Tinha tudo a ver comigo. Era a lesão, o facto de não jogar ao meu nível. Olhando para o que já tinha conseguido fazer na carreira e o que estava a fazer naquele momento, era difícil de encaixar. Eu ficava a olhar e dizia: "puxa, esse não sou eu". A situação estava a afetar-me muito psicologicamente. Precisava de mudar de ares e ainda bem que vim para cá [OFI]. Estou feliz, o clube é organizado, há boas condições. As pessoas receberam-me bem. É um ótimo lugar para recomeçar. As coisas estão a correr bem e espero que continuem assim para chegar ao meu melhor nível outra vez.
Para chegar ao melhor nível, o clube tem de ajudar. Quais são os objetivos do OFI?
-Antes de eu chegar, o objetivo era ficar entre os seis primeiros para disputar o play-off de acesso às provas europeias, mas não conseguimos devido a uma confusão na secretaria. Agora, vamos disputar o play-off de permanência, de oito equipas e caem duas. Obviamente, queremos manter-nos entre os melhores.
Já manifestaram interesse na sua continuidade?
- Acho que ainda é cedo, primeiro têm de resolver as saídas, as renovações de contrato, etc. Temos ainda sete jogos para fazer, mas até agora não disseram nada. Quando vierem falar comigo, estarei pronto para conversar.
Até onde pode chegar o Luiz Phellype?
- Tento ser melhor a cada dia, a cada jogo. No futebol é tudo muito instável. Num momento estou no Sporting e a marcar golos, depois tenho uma lesão e as coisas mudam radicalmente. Não penso tanto no futuro, prefiro pensar no momento. Não consigo dizer até onde posso chegar.
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