Luiz Phellype conhece alvo do Sporting: "Morita tem de ir ao tradutor do Google"
ENTREVISTA, PARTE III >> O diálogo com o médio japonês, que está a ser negociado pelos leões, não é fácil. Luiz Phellype faz a apresentação do ex-colega
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Luiz Phellype entende que Morita será um bom reforço, caso se confirme a transferência, embora os leões tenham um meio-campo forte.
É verdade que não gosta muito de correr nos treinos?
- Isso diziam os meus colegas na brincadeira [risos]. Antes de chegar ao Sporting era um bocado assim, sei lá... Eu gosto mais de jogar do que de treinar, mas acho que é assim com todos. Depois, quando se chega a um clube grande percebe-se que se quiseres jogar tens de treinar da mesma forma ou mais do que os outros. Quando fui para o Sporting isso acabou. Cheguei para ser reserva do Bas Dost, que era um jogador que tinha noventa golos em três épocas. Eu sabia que se não treinasse mais do que os outros não teria a minha oportunidade. Se eu tive a minha chance e marquei os golos que marquei foi porque treinei muito.
"É um jogador muito simples e objetivo, gosta de ter a bola no chão, gosta de jogar bem. Não é aquele jogador que vai dar porrada, que vai fazer carrinhos para cá e para lá, mas vai pegar no jogo e fazê-lo andar"
Jogou com o Morita no Santa Clara, médio pretendido pelo Sporting. Que características destaca nele?
- Primeiro, não nos podemos esquecer que o Sporting tem bons jogadores na posição que ele ocupa em campo. Falo, por exemplo, do Palhinha ou do Matheus Nunes. De qualquer forma, tem características diferentes e pode dar algo que o Sporting não tem. É um jogador muito simples e objetivo, gosta de ter a bola no chão, gosta de jogar bem. Não é aquele jogador que vai dar porrada, que vai fazer carrinhos para cá e para lá, mas vai pegar no jogo e fazê-lo andar. Vai aguentar até aos noventa minutos como se fosse o primeiro minuto. Ele tem essa característica. Num clube como o Sporting em que é preciso ser intenso do início ao fim, acho que se encaixa perfeitamente.
E em termos de comunicação como é que funcionava?
- Difícil, ele não fala português, não fala inglês. Tinha um tradutor, mas acho que voltou para o Japão. Agora, vira-se sozinho. Vai ao tradutor do Google... Caso vá para o Sporting terá essa dificuldade, a menos que traga outra vez o tradutor.
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