André Pinto, antigo central do Braga e Sporting, é agora adjunto nos sub-19 do Gil Vicente.
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Agora como adjunto nos juniores do Gil Vicente, André Pinto, antigo central do Braga e Sporting, formado no FC Porto, titulado em Alvalade e na Pedreira, iniciou uma nova fase na vida, aceitando um convite gerado pelos meandros da bola para coadjuvar José Pedro Pinto. Deixara de jogar, em silêncio, tendo realizado a última partida profissional na Roménia, ao serviço do Rapid Bucareste em dezembro de 2021.
“Estive ano e meio sem jogar. Deixei aos 31 anos, mas sem qualquer relação com lesões. Tudo o que começa tem um fim. Cheguei à conclusão que já não conseguiria jogar ao nível que me tinha habituado e passei a dedicar-me a outras coisas. Foi uma mistura de vários fatores”, confessa, explicando o seu salto de funções, procurando, agora, ser um exemplo para os jovens valores gilistas.
“Como jogador só me dediquei a jogar, nunca fui de pensar no que viria a seguir. O gosto e paixão pelo futebol levou-me a enveredar pelos cursos de treinador, aproveitando uma fase de interregno. Em boa hora o fiz, porque estou a gostar imenso desta nova vida. Já não gostava tanto de estar no futebol como nesta altura, gozando a vertente do treino”, aclara o antigo central, que venceu uma Taça de Portugal em Braga e também conquistou uma Taça em Alvalade, a que somou duas Taças da Liga.
“Agradeço o convite ao José Pedro Pinto, que trabalhou com o Jesualdo Ferreira e o Jaime Pacheco. O conhecimento entre nós vinha de amigos comuns que nos puseram em contacto. Vi com bons olhos o desafio e estou a beber ao máximo esta experiência, a tentar ser útil e ajudar os jogadores, que são a parte mais importante do jogo”, avalia, sem pressa de definir o futuro ou imaginar uma carreira como treinador.
“Não sou muito de fazer perspetivas de longo prazo, quero desfrutar o momento e estou amplamente motivado. Quero capacitar-me mais, evoluir, tirar mais cursos, estou feliz por acompanhar o mister. Não estou a experimentar nada, estou a fazer o que gosto, é neste meio que quero estar”, garante o antigo central que também passou pelos gregos do Panathinaikos.
“O que tive de melhor na carreira foram os treinadores, independentemente dos patamares onde joguei. Apanhei os melhores e aprendi muito. Também aprendi com um ou outro o que não devia fazer. Agora tenho de ser eu próprio. A sinceridade com os jogadores é imperiosa, qualquer um percebe o que é pensado ou premeditado”, conta André Pinto, treinado, entre outros, por Sérgio Conceição, Jesualdo Ferreira, Jorge Jesus, Paulo Fonseca ou José Peseiro.