Declarações após o jogo Vitória de Guimarães–Estoril (3-2), da segunda jornada da I Liga, disputado no Estádio D. Afonso Henriques
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Luís Pinto (Treinador do Vitória de Guimarães): “Senti que entrámos ansiosos e apáticos. Estávamos a tentar ser muito certinhos e a fazer as coisas muito direitinhas, mas isso tira intensidade e energia ao jogo. Ficámos por baixo no jogo. Não quer dizer que o Estoril tenha dominado, mas criou mais situações de perigo. Depois de sofrermos, tivemos de ir atrás do resultado. A partir do 1-1, só há domínio do Vitória. Não há discussão no resultado a partir daí. Sofremos um golo fortuito [para o 2-2]. O facto de nos soltarmos e sentirmos que tínhamos de jogar o jogo de forma mais desprendida fez com que fôssemos melhores e assim justos vencedores.
Quero acreditar que [o triunfo] residiu na nossa evolução como equipa. O jogo de futebol tem 90 minutos mais alguns que são dados. Não queremos sofrer cedo, mas acontece. A capacidade de resposta faz parte da evolução de uma equipa que quer ser dominadora, que quer vencer. Sabemos como preparamos os jogos, mas não sabemos como se vão desenrolar. O final da primeira parte e a segunda parte são interessantes quanto à procura da vitória, a sermos competitivos.
Em nossa casa, sempre que se criou um bocadinho de perigo, o estádio foi ao rubro. Isso também nos ajuda e leva para a frente. Tivemos 18 000 pessoas a puxar por nós. Essa envolvência faz com que acabemos por dar aquele sprint que, se calhar, não daríamos.
Ficámos bastante agradados [pela forma como a equipa segurou o 3-2]. A equipa queria muito vencer, mas, ao mesmo tempo, teve maturidade para não se deixar influenciar pelo aproximar do tempo final. Conseguimos estar focados e ligados ao jogo. Sempre que possível, queremos ter o sentimento de que vencemos, mas que podemos conseguir um resultado melhor. Queremos mais e mais, respeitando o jogo e o adversário. Queremos encarar os momentos finais de forma positiva e não estarmos a retrair-nos para segurar o resultado”.