"Estão reunidas as condições que permitem o regresso de assistência aos estádios"
Filipe Froes salienta que é necessária uma "legislação específica para os eventos de massas".
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Filipe Froes, médico pneumologista que colaborou com o gabinete médico da Liga com vista à retoma do futebol em período de pandemia de covid-19, considera que estão reunidas as condições para o regresso dos adeptos aos estádios em Portugal.
"Estão reunidas as condições, com segurança, com prevenção, que permitem que a assistência volte aos campos, com determinadas regras. É preciso haver uma legislação específica para estes eventos de massas. Convém que haja um conjunto de normas que seja coerente e claro. Para que cada um de nós saiba o que pode fazer e em que circunstância. O meu desiderato é criar as fundamentações teóricas que permitam o regresso da assistência aos estádios", assinalou Froes, em declarações à Sport TV à entrada para os sorteio de I e II ligas, em Vila Nova de Gaia.
O pneumologista elogiou ainda o trabalho levado a cabo para a retoma do campeonato em junho último e conclusão do mesmo:
"Portugal foi um dos países que retomou as 10 jornadas que faltavam. França tinha terminado o campeonato. Nós começámos pouco tempo depois da Bundesliga. O que conseguimos para o país foi à conta do exemplo que demos no futebol. Estou feliz por fazer parte desta equipa. O futebol deu um exemplo de segurança a todo o país. Saibamos todos replicar este exemplo. (...) O esquema inicial baseava-se em muitos testes, que não são fáceis de fazer. Comparam a zaragatoa a uma biopsia cerebral, não é fácil, agora há uma nova fase, a DGS emitiu uma nova orientação. Temos que adaptar as exigências do futebol profissional ao momento que se vive. Esse documento é muito importante, está a ser avaliado, a sua adaptação envolve competições nacionais e internacionais", assinalou Filipe Froes, que pretende evitar a todo o custo nova paragem das atividades devido à pandemia:
"O que temos de perceber é que é da maior responsabilidade adaptarmos os nossos comportamentos ao risco atual. Temos de ter capacidade de olhar para a frente, o pior que pode acontecer é ter que suspender outra vez atividades, temos que atuar com muita responsabilidade e capacidade de antevisão, para que o que seja feito agora só tenha repercussões positivas", rematou.