Agora com o Benfica no principal escalão perspetiva-se uma luta acesa entre águias, Braga e Sporting.
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Numa altura de clara expansão da modalidade, em que o futebol feminino é aposta de cada vez mais clubes, é já este fim de semana que será dado o pontapé de saída para a nova temporada.
Pulverizadoras de recordes no ano de estreia, em que competiram na segunda divisão, as águias são naturais candidatas ao título
A Braga e Sporting, campeões nacionais nas últimas épocas (as minhotas são campeãs em título, interrompendo a série do bicampeonato leonino), junta-se outra equipa profissional: o Benfica, que vai intrometer-se na luta. Pulverizadoras de recordes no ano de estreia, em que competiram na segunda divisão, as águias são naturais candidatas ao título e até agora superaram sempre os testes mais complicados. Eliminaram o Braga da pretérita Taça de Portugal, competição que venceram e no passado fim de semana ergueram a Supertaça, derrotando novamente o emblema minhoto.
Luís Andrade, sucessor de João Marques, que rumou ao Famalicão, tem um plantel que manteve as principais jogadoras e onde por exemplo, Cloé Lacasse e Nycole Raysla acrescentam qualidade, sem esquecer a matriz da formação.
Do lado do Braga, Miguel Santos guiou as arsenalistas ao primeiro título nacional da história, arrancou a época com um pleno de triunfos na Liga dos Campeões, mas na fase a eliminar, foi goleado pelo PSG por 7-0 na primeira mão dos 16 avos de final.
Para colmatar a saída de Matilde Fidalgo, lateral-direita que assinou pelo Manchester City, chegou a brasileira Rayanne, sendo que o grupo mantém-se bastante forte, com o intuito de chegar ao bicampeonato.
Dominador nos dois primeiros anos depois de reativar a secção, o Sporting enfrenta uma época de mudança. Nuno Cristóvão deu o lugar a Susana Cova e nas leoas, o destaque vai para a contratação da internacional brasileira Raquel Fernandes e Hannah Wilkinson, possante avançada neozelandesa. À procura de recuperar a hegemonia no futebol feminino nacional, o Sporting abre a época diante do Braga, naquele que é o jogo grande da primeira jornada. Em Alcochete, perspetiva-se um duelo interessante entre dois candidatos.
À quarta jornada, o Benfica recebe as verdes e brancas naquele que será o primeiro dérbi oficial entre as eternas rivais
E nem será preciso esperar muito até novo embate prometedor. À quarta jornada, o Benfica recebe as verdes e brancas naquele que será o primeiro dérbi oficial entre as eternas rivais. E com o aliciante de se jogar no Estádio da Luz que só tinha sido palco do jogo de apresentação das águias com o Corunha há um ano. O recorde de espectadores, fixado em 15 204 aquando do dérbi solidário por Moçambique no Restelo, poderá ser batido num jogo de futebol feminino em Portugal.
Mas não se podem esquecer as restantes equipas que apesar de não terem os argumentos das três grandes estão cada vez mais competitivas. Finalista da Taça de Portugal, o Valadares Gaia é um desses casos e reforçou-se, entre outras atletas, com Carolina Vilão e Carlota Cristo, cedidas pelo Benfica que recrutou Lúcia Alves às nortenhas. Melhor equipa amadora de 2018/19, ao terminar a liga no terceiro posto atrás de Braga e Sporting, o Futebol Benfica perdeu jogadoras influentes como Andreia Veiga, Mafalda Marujo e Sofia Nunes, mas também surge num segundo patamar, tal como o Ouriense, Estoril, ou Albergaria.
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Nota igualmente para o Marítimo, cujo treinador é Fábio Ivan Barros. Aposta do presidente Carlos Pereira, o técnico português chegou proveniente dos Estados Unidos da América, onde trabalhou na universidade de Saint Peter's, em Nova Jersey, e no Harford Community College. Refira-se que nas insulares continua Suzane Pires. Luso-brasileira e chamada diversas vezes à Seleção Nacional, perspetiva-se que a médio volte aos relvados depois de ter sido mãe. Sem minutos na época transata, nesta fase, ainda trabalha para readquirir índices físicos.