Número de espanhóis tem crescido com indicador explosivo: 64 golos de nuestros hermanos em 2022/23 contra os 60 de 2021/22
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A liga portuguesa foi assaltada pelo talento espanhol nos últimos anos e as anteriores duas épocas refletem exatamente essa tendência com números inequívocos na subida de executantes e no rendimento que conseguem trazer às suas equipas. Se FC Porto, Benfica e Sporting tiveram essa capacidade de chegar primeiro a jogadores com currículo vistoso e muito exportável, outros não têm ficado atrás, descobrindo potencial entre antigos internacionais jovens e experiência adquirida em formações de prestígio, com forte prevalência do Barcelona, origem de Abel Ruiz, e Valência, associada a Fran Navarro e Toni Martínez.
Bis de Iván Jaime tiros certeiros de Mujica e Abel Ruiz estabeleceram um recorde de golos espanhóis na I Liga; a sete jornadas do fim está ultrapassado o registo de 2021/22, que era de longe o melhor.
Em meados e finais dos anos noventa também se conheceram muitas aquisições na esfera espanhola, mas dominante foi a aposta em elementos que vinham de categorias inferiores. Chaves, Leça, Farense, Belenenses foram alguns dos clubes que deram esse "hola" a nuestros hermanos. O pequeno Toñito, vindo da formação do Tenerife, seria o homem mais destacado em Portugal com 206 jogos na I Divisão, defendendo as cores do Sporting, V. Setúbal, Boavista, Santa Clara e U. Leiria. Agora, a mensagem de boas-vindas dissemina-se por toda a geografia da Liga. Juntem-se cortesias e narrativas, o tão corriqueiro "genial", o recheio desta mobilização tem sido suculento, tempos de boa propaganda futebolística. Há craques em várias equipas, há exibições de encher o olho e golos fáceis de catalogar e embrulhar com finalidade de grandes vendas. Sinalizam-se candidatos como Abel Ruiz, Fran Navarro e Iván Jaime, brilhante em Famalicão com o génio a crescer. Mas há mais, de Víctor Gómez, no papel de assistente, a Mujica, goleador em Arouca. E há Grimaldo e os veteranos Adán e Marcano.
A jornada 27 marcou o recorde da Liga portuguesa quanto a golos espanhóis, os contributos de Mujica na vitória do Arouca, de Iván Jaime, com bis no triunfo do Famalicão, e de Abel Ruiz, deixando a sua assinatura em nova vitória do Braga, resultam numa combinação de 64 golos espanhóis na Liga portuguesa de 2022/23, mais quatro (60) que em 2021/22, que já era de longe a mais preenchida nesse prazer pelas balizas, muito acima dos 23 de 1996/97, os 26 de 1997/98 ou dos 31 de 1955/56, época de Victoriano Suárez no Covilhã, assinando 21 golos.
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E, sobrando sete jornadas, o recorde será pulverizado. Este fulgor espanhol mostra um aproveitamento das contratações muito superior ao extraído do brasileiro (124 golos entre 123 atletas). Já que estamos a falar de um contributo de 16 jogadores entre 29 que pertencem ou pertenceram à Liga 2022/23.
De constatar a presença de pontas-de-lança nascidos no país vizinho em vários plantéis. Fran Navarro (Gil Vicente), Rafa Mujica (Arouca), Héctor Hernández (Chaves), Abel Ruiz (Braga), Adrián Butzke (Paços de Ferreira), Toni Martínez (FC Porto), Alex Millán (começou a época no Famalicão e foi resgatado pelo Villarreal) e Márques (Estoril) correspondem a essa procura mais específica no mercado vizinho. O jogador espanhol está identificado facilmente pela proximidade geográfica, por um semelhante enquadramento ao jogo, um perfil mais técnico e esse casamento futebolístico pode ainda florescer mais num futuro breve.
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