
Enzo Fernández (créditos: Instagram)
Médio argentino agradeceu ao presidente do Benfica por ter permitido a sua saída para o Chelsea em janeiro de 2023, ao fim de apenas seis meses nos encarnados, por uma verba recorde de 121 milhões de euros
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Enzo Fernández, que capitaneia atualmente o Chelsea, recordou esta segunda-feira a forma como se transferiu do Benfica para os ingleses, em janeiro de 2023, um mês depois de se ter sagrado campeão mundial pela Argentina e ao fim de apenas seis meses nos encarnados.
Em entrevista ao portal "GiveMeSport", o médio argentino, de 24 anos, aproveitou esta entrevista para agradecer a Rui Costa, presidente das águias, por ter permitido a sua saída, a troco de uma verba de 121 milhões de euros - foi na altura um recorde em Inglaterra - apesar de ter feito apenas 29 jogos pelo clube.
"Quando o Chelsea veio por mim, não tive dúvidas. Eu queria fazer uma mudança, em termos desportivos, para a Premier League. Eu queria ir para o Chelsea a todo o custo e não queria deixar esta oportunidade passar. Toda a gente sabe disso e graças a Deus que correu bem. Estou aqui agora e estou muito feliz. Eu disse a Rui Costa: 'Por favor, deixa-me concretizar o meu sonho de jogar na Premier League por um grande clube como o Chelsea' e, felizmente, ele percebeu. Foi uma transferência recorde e estou-lhe grato por ter aceite a proposta", endereçou.
"Se não tivesse falado com ele, não acho que a transferência teria acontecido. A fase de negociações foi muito longa e dura. O meu agente e o Benfica sabiam o quanto o Chelsea me queria, eles fizeram todos os possíveis para me contratar, mas mesmo assim, tive de falar com o presidente do Benfica no último minuto para lhe pedir que me deixasse ir para o Chelsea. Ele queria que eu ficasse mais seis meses, porque disse que muitas mais ofertas viriam, mas no futebol nunca se sabe. Eu queria mudar-me para a Premier League e juntar-me ao Chelsea, então estou radiante com a minha decisão", salientou.
Apesar desse desejo concretizado, Enzo assumiu que os seus primeiros meses em Londres não foram fáceis, não por causa de quanto custou aos "blues", mas pelo momento de instabilidade que a equipa atravessava.
"As pessoas falam muito sobre o valor recorde da transferências e tudo à volta disso, mas eu só estava focado em mim mesmo e em melhorar para que pudesse mostrar o que posso fazer no campo e representar o Chelsea ao meu melhor. Nunca prestei atenção ao que as pessoas diziam e, pessoalmente, nunca senti pressão. No entanto, foi uma altura dura. Eu estava habituado a vencer a toda a hora e, quando cheguei aqui, os resultados foram muito maus. Quando cheguei, havia tantos jogadores a chegar e a sair que foi um período duro, com tantos jogadores no balneário. Quase não cabíamos todos! Acho que éramos 30 ou até mais, foi de loucos...", assumiu, contrastando: "Agora, dá para ver o quão assentes estamos e o plantel talentoso que temos. Somos uma equipa muito boa, damo-nos todos bem dentro e fora de campo. Nos últimos 18 meses a dois anos, tivemos muitos sentimentos positivos aqui".
Refira-se que o Chelsea segue na terceira posição da Premier League, com 24 pontos, menos seis do que o líder Arsenal, com quem empatou em casa (1-1) no domingo. Em termos individuais, Enzo soma cinco golos e duas assistências em 19 jogos disputados esta época.

