Antipatia dos benfiquistas por Maxi só rivalizará com a que têm pelo médio Rúben Micael, que aconselha o uruguaio a estar focado e esperar que o resultado ajude a virar o feitiço contra o feiticeiro
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Manter a calma e a concentração são os conselhos que Rúben Micael deixa a Maxi Pereira em vésperas do regresso do uruguaio ao Estádio da Luz... como adversário. E o madeirense sabe muito bem do que está a falar. Afinal, desde 2009/10, quando expôs um caso alegadamente ocorrido no túnel do recinto encarnado - Jorge Jesus ter-lhe-á colocado os dedos na cara por duas vezes com Rui Costa por perto -, que nunca mais teve paz. Nem mesmo quando lá se deslocou ao serviço do Braga (uma delas até com José Peseiro). "No início de cada jogo, era muito assobiado. No entanto, saía sempre para o aquecimento a sorrir, fazendo de conta que não se passava nada, e procurava ignorar ao máximo o ambiente", conta a O JOGO o médio, cuja "maior dificuldade era bater os cantos". "Como estamos mais perto, ouvia de tudo. O Maxi não vai bater cantos, mas vai fazer muitos lançamentos [sorrisos]", compara.
Para o atual jogador dos chineses do Shijiazhuang Yongchang, "se Maxi mantiver a concentração, poderá aguentar com 60 mil adeptos a assobiá-lo". A partir daí, só lhe resta esperar que o jogo corra bem para o FC Porto. "Se o Benfica começar a ganhar, será difícil para qualquer jogador manter a calma e ainda mais para o Maxi, que passou lá muitos anos. Se as coisas começarem a sair melhor ao FC Porto, então estou convencido que o feitiço se virará contra o feiticeiro e o Maxi terá um jogo tranquilo", perspetiva Rúben Micael.