FPF conhece proposta de gestão da arbitragem no futebol profissional
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A entidade externa para gestão da arbitragem das competições profissionais de futebol foi apresentada esta quinta-feira à Direção da FPF. O projeto é da responsabilidade do atual Conselho de Arbitragem.
A 6 de julho de 2023, foi criado um grupo de trabalho liderado por José Fontelas Gomes, presidente do CA, e composto por representantes indicados pela Liga Portugal e pela Associação Portuguesa de Árbitros (APAF), os quais tiveram oportunidade de dar os seus contributos.
Após diversas reuniões, o CA decidiu avançar com a proposta que levou agora à Direção da FPF.
Propõe-se criar uma entidade externa, com personalidade jurídica própria, dotada de autonomia financeira, administrativa e técnica, a exemplo do que acontece em Inglaterra e na Alemanha. A proposta implica a necessidade de alterar o atual quadro legal.
A empresa terá uma gestão tripartida. APAF e Liga serão convidados a integrar a administração indicando um elemento cada. Por imperativos regulamentares da FIFA e da UEFA a Federação Portuguesa de Futebol terá maiores responsabilidades no modelo de governação.
A gestão da sociedade caberá a um diretor geral, contratado, a quem competirá, entre outras coisas, definir o quadro de árbitros e vídeo-árbitros, estabelecer parâmetros de treino e formação, fazer as nomeações, - elaborar e submeter à administração normas de gestão financeira e administrativa e fazer o orçamento.
A relação com os árbitros será clara. Os árbitros serão prestadores de serviços e receberão um valor fixo mensal.
A empresa de arbitragem terá uma fase de transição, durante a qual utilizará um espaço próprio e autónomo na Cidade do Futebol, estimando-se que ao fim de três épocas possa subsistir com receitas próprias.