Guzzo, amigo de Rony Lopes desde os 14 anos, antevê que o extremo terá influência nos minhotos
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Conhecem-se da formação do Benfica, unidos por uma nascença no Brasil e uma chegada ao Seixal através do interior de Portugal, por via de Chaves e Poiares. É íntima a relação entre Guzzo, agora no Goiás, e Rony Lopes, regressado esta época a Portugal para procurar reescrever o destino e a história, com o intuito de assinar a letras garrafais a sua felicidade na Champions. “Engatando uma série de jogos, o Rony vai ser fundamental”, avisa o ex-Vizela.
Para o atual médio do Goiás, só uma questão de confiança separa o extremo de um papel influente no clube minhoto. Garante que ele fez uma aposta pela Champions em detrimento do dinheiro.
O Braga abriu a porta ao extremo, um destacado fora-de-série quando mais novo, rumando ao Manchester City a tempo de merecer a estreia cintilante pela primeira equipa, passando por cima o recheio de mais jovem marcador dos “citizens” na Premier League. Passagens por Mónaco, Lille, Olympiacos e Sevilha mantiveram-no num nível alto.
Ao cabo de 17 jogos, o extremo ainda não ultrapassou o papel menor nas contas de Artur Jorge, como recurso do banco, apenas com duas aparições no onze em nove partidas, marcando sempre que foi titular. A receção ao Casa Pia, na Taça da Liga, sugere nova investida do atacante nas contas iniciais e inevitável desejo de protagonismo. Pesa a seu favor ter sido determinante com o Rebordosa. Guzzo compreende as dificuldades que têm sido sentidas pelo amigo.
Rony Lopes procura encontrar nas taças o caminho de acesso que o conduza ao onze minhoto
“É verdade que o Braga tem um plantel muito competitivo, ano após ano faz épocas melhores. Reforçou-se para esta temporada e tem jogadores de imensa qualidade. Ele é um deles, pode estar a passar por uma adaptação, porque nunca tinha sido sénior em Portugal, mas não duvido que será uma época de sucesso”, evidencia o médio, partilhando as ambições de Rony neste vínculo.
“Estive com ele antes de ir para o Brasil e fez questão de me dizer que a escolha de atuar em Portugal tinha como principal aposta jogar a Liga dos Campeões, tendo, ao mesmo tempo, a certeza do estatuto já de grande do Braga, pela estrutura e plantel. Também pelas condições que dá aos jogadores”, defende o médio do Goiás. “Sei que podia ter ido para outro lado, financeiramente ficaria muito melhor, mas olhou ao projeto desportivo. Nunca decidiu em função do dinheiro, quer só sentir-se importante”, sublinha Guzzo, resumindo o que se pode esperar. “Tenho de ser sincero, sou suspeito porque ele é muito amigo. Pode ser muito útil em Braga, já provou a qualidade em grandes campeonatos. Agora é uma questão de confiança que se adquire com a continuidade a jogar”.