Do Arouca a Henderson e William Gomes: a antevisão de Farioli ao Arouca-FC Porto
Treinador do FC Porto antevê, a partir das 12h45, o Arouca-FC Porto, da sétima jornada da I Liga
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Como preparou jogo? "Cerimónia bonita do clube com sócios a receberem as Rosetas pelos 75 anos, o início da fundação. Dia importante. Agora o tempo é de ter o foco no jogo de amanhã. Temos de estar preparados. Na minha opinião o Arouca tem qualidade, é uma das equipa mais interessantes de ver pelo que fazem com bola. Gosto como jogam, tenho respeito por eles. Vi alguns números, o treinador tem um bom registo contra o FC Porto."
Arouca tem tido muitos problemas com adversários que pressionam. Espera alterações? "Tenho uma opinião diferente. Com o Sporting antes do vermelho o jogo foi muito equilibrado, sem permitir ocasiões. Podia ter mudado o rumo do jogo. Acredito que é um das equipas mais interessantes, como disse. Tenho alertado os jogadores há alguns dias sobre isso."
Um golo sofrido apenas. O que isso significa para isso? "É bom, mostra solidez e capacidade para não conceder muito. Em Salzburgo foi o primeiro jogo em que concedemos três ou quatro grandes ocasiões ao adversário. Se quisermos continuar com estas performances, tudo está ligado ao desejo de fazer as coisas. O que não devia acontecer é ter o sentimento de satisfação ou que as coisas são fáceis por causa dos bons resultados. Não é nada disso. Há três meses era difícil ganhar um jogo e agora temos de estar alertados que se até agora temos estes resultado é por causa do trabalho e dedicação que os jogadores têm. Deixem-me dizer que depois do jogo com o Salzburgo e também depois de Nacional e Rio Ave estava bastante desapontado. Senti que o nível de exigência estava bastante abaixo do que eu queria. O que me permitiu viajar mais descansado foi o treino da equipa no dia seguinte. Há uma foto do Eustáquio no treino fantástica a celebrar como se tivesse marcado um golo. É o que temos de oferecer todos os dias."
Mudança do calendário serve como motivação ou vingança? "Não é vingança contra ninguém, nem temos tempo para gastar com essas coisas. É o nosso caminho. Há dificuldades com o calendário, com os adversários... Com muito respeito e atenção, mas o nosso foco é no Arouca."
Preparar o jogo com dois treinos: "Estamos habituados a gerir. Claro que quando há competição europeia é diferente. Temos de estar capazes de estar concentrados em menos tempo no campo, fazer mais vídeo. Requer muita atenção dos jogadores. Esquecer os resultados e reconectar para o próximo jogo. Em Salzburgo já preparámos, na viagem o staff analisou os detalhes para o jogo, os jogadores também. A única alteração foi ter folga ontem, mas já estava planeado. Espero que estejam a preparar o combustível para amanhã."
Jordan Henderson disse que conseguiu devolver-lhe o amor pelo jogo. Qual é o segredo para conseguir isso? "Sobre o Jordan, respeito e adoro-o pelo jogador e capitão que foi. Nada de novo aí. Agradecido por ter contribuído. Este tipo de dinâmicas e relacionamentos entre seres humanos acontece quando dás e recebes."
William Gomes, como o mantém no banco, vê-o como arma secreta? "É um jogador fantástico, um miúdo que traz muita energia dentro e fora do campo. É um prazer tê-lo aqui e usar o seu talento. Vai ajudar-nos, como já fez, vai continuar a crescer. É um jogador importante."
Surpreendido pela forma como os jogadores foram recebidos pelos adeptos? "50/50. Já tivemos outras receções assim sem fazer nada... Tivemos uma receção calorosa, mas não fizemos nada porque a época é longa, mas diz muito da paixão dos adeptos. Amanhã vamos ter o estádio cheio, os bilhetes para os nossos adeptos foram todos vendidos, temos a maior percentagem no Dragão. Às vezes dou uma volta e vejo muitas camisolas do FC Porto na cidade e isso é fantástico. Mas isto só acontece se conseguirmos provar todos os dias o nosso valor, ter a capacidade de esvaziar o tanque dentro do tanque para depois o encher."
Zaidu disponível? "Temos treino a seguir e temos de ver algumas coisas, mas só mesmo Nehuén [Pérez] e Luuk [de Jong] não podem jogar, mas estão muito perto de nós."