Francês está em grande plano no arranque minhoto, sempre a titular. Simão Rocha elogia o homem de campo com mais minutos. Simão Rocha foi colega de Gorby no Paços de Ferreira, em 2023/24, e defrontou-o esta época, na colisão minhota com o Cluj. Detetou-lhe progressão clara no detalhe que ainda precisava de afinar.
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Gorby vive um grande arranque de época em Braga, tendo participado em nove dos dez jogos oficiais, sem deixar fugir nunca a pele de titular. O médio francês, detentor de já longa passagem pela Pedreira, parece estar a atingir o clímax das suas qualidades com Carlos Vicens, ganhando protagonismo nas escolhas, mesmo no meio de feroz concorrência. Jogando, por norma, ao lado de Moutinho, evoluindo ao lado de um médio com papel de mestre, Gorby agarrou com primor a geometria de jogo idealizada pelo técnico espanhol, garantido posse sem pressão nas pernas e circulação escorreita. Se ganhou estatuto diante de adversários como Vítor Carvalho, Moscardo e Diego, agora terá pela frente as insígnias ao peito do austríaco Grillitsch, já com dois Europeus disputados.
Gorby chegou a esta paragem como surpreendente líder de minutos, enquanto jogador de campo, só batido mesmo por Hornicek. Aos 23 anos, os seus progressos são bem compreendidos por Simão Rocha, com quem jogou no Paços de Ferreira, em 2023/24, quando o francês foi peça fundamental dos castores. O agora lateral do Cluj teve oportunidade de defrontar o antigo colega nas pré-eliminatórias de acesso à Liga Europa.
“O nosso treinador focou-se na importância dele e do Moutinho. Fomos avisados que era ali que estava o motor da equipa, por jogarem sempre sem perda de qualidade. Vejo o Gorby como um jogador de área a área, não se resume a ser 6”, frisa Simão Rocha, enaltecendo as valias do francês. “O sistema de jogo do Braga com este treinador ajudou-o muito, porque ele pode estar em todo o lado e com liberdade para explorar múltiplos espaços no terreno”, sustenta, reconhecendo ter visto o melhor Gorby na Roménia, onde marcou os dois golos de uma vitória guerreira em Cluj-Napoca. "Fez os dois golos porque aproveitou essa liberdade, andou sempre bem posicionado e muito ofensivo", recorda o lateral-esquerdo, acompanhando a evolução medida por evidente superior carga de jogos. “Já se afirmou no ano passado, mas este ano está a ter mais oportunidades de demonstrar o que vale. Tem essa facilidade de usar bem os dois pés, o que ajuda imenso no jogo da equipa pela velocidade com que o faz rodar, descortinando espaços vazios. Tem visão excelente e ótima qualidade de passe”, elogia Simão Rocha, enfatizando os passos que credibilizam hoje, ainda mais, o futebol do francês. “Evoluiu na concentração, algo que melhorou muito com o tempo no Paços. Essa nem sempre era uma característica favorável. Mas, mal o vimos na equipa, percebemos que era um titular pela capacidade de rodar o jogo e estar sempre no sítio certo. A parceria com o Luiz Carlos também o formou, como agora acontece com o Moutinho”.