Três candidatos acordaramm não entregar a respetiva lista de modo a que as eleições sejam apenas em maio.
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Os três pretendentes à liderança do Olhanense combinaram não entregar listas para a eleição dos órgãos sociais do emblema, cujo prazo encerrou esta sexta-feira, levando ao adiamento do processo para maio. O "acordo de cavalheiros" que anulará o ato eleitoral previsto para dia 29 de abril foi confirmado à agência Lusa pelo empresário Miguel Ferreira. O antigo vice-presidente do emblema é um dos pretendentes ao cargo de presidente do Olhanense, a par do advogado André Pereira e do atual líder do clube, Isidoro Sousa.
A reunião entre as três partes envolvidas - o vice-presidente Filipe Sousa substituiu o presidente, ausente em Itália - decorreu na passada terça-feira, na câmara de Olhão, tendo sido mediada pelo autarca Francisco Leal. O adiamento permitirá que a direção tenha "tempo e tranquilidade" para encontrar uma solução financeira para resolver os atuais problemas financeiros, explicou a mesma fonte.
O clube algarvio deve atualmente dois meses e meio de salários e tem de pagar um mês e meio, após ser notificado pela Liga, para não ser castigado com subtração de pontos pela eventual falha ao controlo financeiro de abril. Ainda segundo Miguel Ferreira, o acordo teve como base duas condições: o clube não pode aprovar a sociedade anónima desportiva (SAD) antes do ato eleitoral e os elementos das duas listas atualmente não ligadas ao emblema poderão analisar os seus eventuais estatutos.
O presidente da mesa da assembleia-geral do Olhanense, Filipe Ramires, disse à agência Lusa que ainda não tomou qualquer decisão sobre a data do novo ato eleitoral.