"Como é que o FC Porto seduziu, conquistou e levou este talentoso jogador que estava no topo das indicações dos olheiros de meia Europa?"
Corpo do artigo
Éder Militão é um nome que os adeptos do FC Porto estão cansados de ouvir falar nos últimos dias, mas a transferência do defesa-central, de apenas 20 anos, do São Paulo para a Europa, está a ser negociada há mais de um ano entre Paris, Roma, Turim, Milão, Manchester, mas acabou no Porto. Porquê? Como é que o FC Porto seduziu, conquistou e levou este talentoso jogador que estava no topo das indicações dos olheiros de meia Europa? O primeiro motivo é a preferência do atleta por entrar na Europa pelo Dragão, onde terá todas as condições para evoluir, somar minutos em campo e ao mesmo tempo exibir-se nos palcos europeus. O segundo é o facto de o FC Porto ser um dos exímios vendedores da Europa. Sim, contou e muito.
Ao Dragão chegaram com talento, mas saíram como craques tantos sul-americanos, como Danilo, Alex Sandro, James, Falcao, Hulk, uma lista interminável à qual Militão espera juntar-se no futuro. Pontos que contaram muito para os empresários Giuliano Bertolucci e Ulisses Jorge e para o pai do atleta. O FC Porto jogou as suas cartas e aguardou, habilmente, pela decisão, pois sabia que os italianos, muito interessados no defesa, têm limitações para inscrever jogadores sem passaporte europeu, o caso de Militão.
A Lázio tentou negociar, a Juventus mandou olheiros a São Paulo e seguia o defesa e lateral-direito há meses. O Inter e o Roma também estiveram reunidos com os empresários, mas as vagas para inscrever extracomunitários são só duas, alguns clubes têm apenas uma livre para esta época e preferem usá-la com atletas mais rodados na Europa, com impacto imediato na equipa. A concorrência também incluía os clubes de Manchester e, por isso, o FC Porto aceitou pagar a preço de ouro um jogador talentoso, mas sem experiência na Europa, e em fim de contrato (janeiro de 2019). Do Dragão partiu um cheque de três milhões para o São Paulo (o preço era quatro, mas o clube brasileiro devia um ao FC Porto e assim saldou a dívida) e um de três milhões para os empresários e família do atleta. Um esforço financeiro relevante que o clube saberá, como sempre, tirar proveito no futuro.