Interrogatórios decorrem, esta segunda-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa
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Os presidentes de V. Guimarães e Braga já foram ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa. Júlio Mendes e António Salvador, respetivamente, testemunharam no caso E-toupeira, como testemunhas apresentadas pelo Benfica, saíndo pelas 15h24 e 15h49, respetivamente, e sem prestar declarações aos jornalistas. Para esta tarde de segunda-feira estão previstas mais duas audições, as de Sousa Cintra e Nuno Gomes.
A fase de instrução do processo "e-toupeira", requerida pelos quatro arguidos, incluindo a Benfica SAD, começou em 14 de novembro, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa.
A instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue para julgamento, decorreu à porta fechada. No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), a SAD do Benfica defende que a acusação do Ministério Público (MP) é infundada e que terá de cair nesta fase.
O RAI assenta em três pontos essenciais, entre os quais o desconhecimento dos factos imputados ao seu antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e restantes dois arguidos, ambos funcionários judiciais.
A sociedade que gere o futebol profissional 'encarnado' aponta ainda a ausência de elementos probatórios que a liguem aos atos descritos na acusação e a omissão de narração de factos concretos na acusação que permitam imputar-lhe a prática de qualquer crime.
A acusação do MP considera que o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.