Jornal de Notícias revela que José Nogueira Silva, colocado em prisão preventiva no âmbito da operação E-Toupeira, é suspeito de ter adulterado elementos de um dos processos que espiava no sistema Citius.
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O Jornal de Notícias, na edição deste sábado, revela que José Nogueira Silva, técnico do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) colocado em prisão preventiva no âmbito da operação E-Toupeira, é suspeito de ter adulterado elementos de um dos processos que espiava no sistema Citius.
"A adulteração do documento, presumivelmente num dos processos relativos ao Benfica, foi detetada numa auditoria do IGFEJ que serviu de ponto de partida para a investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária", explica o JN, adiantando que ainda não é conhecido que tipo de adulteração foi feita e se a mesma teve algum efeito no referido processo. Esta é, sempre segundo a publicação, uma das situações mais graves imputadas a José Nogueira Silva.
O assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves ficou proibido de contactar com os outros arguidos do processo E-Toupeira, de acordo com o despacho da juíza Cláudia Pina proferido na quarta-feira à noite. O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, indiciado por corrupção passiva, ficou em prisão preventiva.
Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve José Silva e Paulo Gonçalves, depois de ter realizado 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa. Após o primeiro interrogatório judicial, o assessor jurídico da SAD benfiquista foi indiciado por corrupção ativa e quatro crimes de violação do segredo de justiça, estes em coautoria com o técnico informático José Silva, o qual, por sua vez, está ainda indiciado de um crime de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática e nove crimes de acesso ilegítimo.