O JOGO foi à procura de jogadores que façam anos esta quinta-feira para perceber como se passa a data em pleno estado de emergência
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Coronavírus, Pandemia, contágio, estado de emergência, quarentena. São tudo palavras que têm feito parte do dia a dia de todos os portugueses nos últimos dias, de uma população que a partir de agora só está autorizada a sair de casa mediante certas condições.
Festejar o aniversário é sempre uma data que normalmente é celebrada. Contudo, como é que os futebolistas, em particular, passam o dia de hoje em quarentena? O JOGO foi à procura de três aniversariantes nesta quinta-feira e encontrou reações diferentes de se lidar com os constrangimentos provocados pelo Covid-19. "Deve ser o aniversário mais esquisito que já passei. Nos últimos dias tenho estado sempre em casa e só saio por necessidade. Estou a fazer anos fechado em casa", conta Miguel Fidalgo, avançado do União da Madeira, do Campeonato de Portugal, que completa 38 anos.
Ricardo Mangas, lateral-esquerdo do Aves que faz 22 anos, é o único da Liga que está de parabéns. "Já tinha coisas combinadas, mas a saúde está em primeiro lugar. O meu pai infelizmente ainda trabalha e a minha namorada está na Madeira com a família", revelou.
Rúben Alves, extremo do Felgueiras (CdP) que sopra 25 velas, tenta olhar para a calamidade atual de forma mais positiva. "Não sou muito de sair nem de noitadas. Vou festejar em família, como eu gosto e o importante é que todos estejam bem. Isto acaba por ser bom para passarmos mais tempo uns com os outros. Temos que tirar o melhor de cada situação. O facto de ter a minha família é o mais importante", ressalva. "Bolo de aniversário? Tenho a Bimby que ajuda bastante e de certeza que vou ter bola", completa Rúben.
Miguel Fidalgo já andou pelas I e II Ligas e não contava com uma situação destas na reta final da carreira. "Não esperava nem aos 38 anos nem em qualquer outra idade. Nunca pensei passar por uma coisa é assim... só nos resta ficar em casa e esperar que as coisas voltem ao normal", refere o atacante madeirense. "Quando faço anos costumo ir jantar fora ou estar com a família e este ano vou ficar em casa e soprar as velas com um bolinho de aniversário", acrescenta.
Ricardo Mangas estreou-se esta temporada no primeiro escalão e a prenda que mais queria era poder voltar a pisar os relvados. "Os jogadores estão aborrecidos em casa. Queremos voltar a treinar e a dar alegrias aos adeptos", deseja.
Por último, Rúben Alves vai evitar os cumprimentos. "Se não podemos dar beijos ou apertos de mão, então não há nada disso. Basta o estar presente", ressalva.