Elenco de Roger Schmidt, com Enzo Fernández e Florentino em destaque, tem uma média de 7,1 tiros adversários na direção da baliza de Vlachodimos, registo que contrasta com os 10,8 da época passada.
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Roger Schmidt chegou ao Benfica com promessas de futebol ofensivo, intenso e atrativo, adjetivos que a sua equipa tem conseguido explanar nos relvados nacionais e internacionais, mas com grande destaque para a influência da pressão constante sobre os adversários.
Esse condimento que o treinador quis adicionar à ementa encarnada está já bem expresso e visível, tanto nos resultados alcançados, como nas estatísticas que os explicam, como é o caso dos remates consentidos pelas águias.
Olhando às equipas da Liga dos Campeões, e analisando todas as provas em que estão a participar, só o Manchester City supera o Benfica na média de tiros que permite à sua baliza, tendo os citizens um valor de 6,6 tentativas sofridas por partida e os encarnados 7,1.
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Com 20 jogos no currículo da época, o Benfica está em primeiro na Liga Bwin, seguiu em frente na Taça de Portugal e apurou-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões, numa fase de grupos em que tem ainda em vista o ataque à liderança.
O bom desempenho desportivo está diretamente ligado às exibições que o conjunto liderado por Roger Schmidt tem realizado, como voltou a acontecer na última ronda da prova dos milhões, no 4-3 sobre a Juventus, sendo destacada a importância da nova filosofia de jogo implementada pelo técnico alemão.
O dado anterior, até pela avaliação feita internamente pelos responsáveis benfiquistas, aponta claramente para a forte pressão na saída de bola dos rivais. Os dianteiros são os primeiros a encetar essa tarefa, mas a atuação dos dois médios é considerada essencial para a filtragem.
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Florentino sobe mais no terreno para "matar" jogo no miolo contrário, Enzo Fernández limpa mais atrás, conseguindo lançar de imediato a resposta. Tendo mais bola, sobretudo no meio-campo adversário, o Benfica fica mais protegido dos remates.
Os 7,1 remates sofridos em média, que resultaram em 14 golos encaixados (seis na fase de grupos da Champions), não ficam muito distantes dos 8,2 de Sporting (sofreu 21 golos em menos quatro jogos) e 8,3 de FC Porto (sofreu 13 golos em menos três jogos), com o Braga mais distante (10,2).
Porém, olhando para a época passada, o contraste na comparação encarnada é significativo (7,1 agora, 10,8 em 2021/22) e sustenta a crítica mais ouvida nesse período às lacunas e falhas de marcação, sobretudo no meio-campo, algo que, até ao momento, foi esbatido.