Administrador da SAD do Benfica marcou presença na Web Summit, esta terça-feira.
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Domingos Soares Oliveira declarou esta terça-feira na Web Summit que o Benfica preocupa-se primeiro com os resultados desportivos e só depois com o balanço financeiro de clube e SAD.
"A nossa missão é muito simples, é ganhar, não temos outra. Glória sem pôr em risco a viabilidade financeira. O maior foco é conseguirmos realizar-nos no relvado. No fim do dia podemos é tentar obter receitas adicionais e depois tentarmos investir na equipa. Bons resultados no relvado sem prejudicar a sustentabilidade da empresa é o objetivo", declarou o administrador executivo da SAD das águias.
Oliveira negou, ao mesmo tempo, que seja possível gerir o Benfica como uma start up. "É difícil conseguir isso, gerir um clube como start up, temos receitas avultados, de milhões e podemos aprender algo do modelo de start up, mas é difícil dizer que sim, que um clube pode ser gerido como uma start up. Nos últimos meses entrámos numa nova era para os próximos anos e temos vários departamentos em interligação. (...) Talvez o que se possa dizer é que temos várias start ups dentro do clube", disse.
Quanto ao objetivo de fidelizar sócios e seguidores nas redes sociais, Soares de Oliveira declarou: "Temos mais de 200 mil sócios, o que nos dá uma grande responsabilidade a todos os níveis. Não sabemos onde estão as pessoas, mas temos que os atrair e depois fidelizar. Depois de retermos os seguidores no site e app podemos então partir para a fase de conseguirmos receitas adicionais. Nas redes e no site, todos os dias temos algo novo, um jogador, futebol ou outros desportos, temos é que, todos os dias, termos algo completamente novo."
Domingos Soares de Oliveira mostrou-se ainda contra a criação de uma Superliga europeia, apontando para os "clubes históricos" que poderão ficar de fora de uma prova do género:
"Quanto a haver uma Superliga europeia em dois ou três anos, o que disseram foi que a ideia era a de adiar ou de acabar com isso. Percebo o conceito e as ideias básicas dos que são a favor, mas este conceito vai mudar o resto dos clubes que não vão participar e pelos nomes que vimos, os clubes portugueses vão talvez ficar de fora. Clubes com grande história e legado, como o Ajax, vão ficar de fora, clubes com uma história tão grande. Pessoalmente, não apoio a ideia, mas percebo que havendo menos jogos domésticos e mais europeus será benéfico em termos financeiros, mas depois perguntas aos sócios e eles vão dizer que não, que não estão de acordo", afirmou.