Domingos Soares de Oliveira explica que redução de custos já foi feita no Benfica
Domingos Soares Oliveira foi confrontado com a questão da processo de redução salarial dos futebolistas e de lay off dos funcionários do Sporting e de notícias que apontam para a redução salarial no FC Porto.
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"Temos estado a analisar em permanência as informações do mercado e que influência têm ns contas do clube. O universo do Benfica inclui dez empresas e aquilo que é a situação do lado da SAD não é igual à Benfica Estádio ou BTV, por exemplo. Não posso dar nenhuma garantia relativamente ao futuro, mas digo que só entraremos num processo mais acentuado de redução de custos se tivermos essa necessidade", disse esta quinta-feira, Domingos Soares Oliveira, confrontado com a questão da processo de redução salarial dos futebolistas e de layoff dos funcionários do Sporting e de notícias que apontam para a redução salarial no FC Porto.
"Para já, numa primeira fase, logo durante o mês de março revimos tudo aquilo que eram os nossos grandes investimentos, em particular no estádio, onde tínhamos previsto fazer melhorias muito grandes a nível da iluminação e do som, tínhamos outros investimentos para fazer no Seixal que também foram postos em suspenso. Analisamos já durante o mês de abril tudo aquilo que são gastos nos vários departamentos que pudessem ser evitados e, a título de exemplo, revimos todos os custos com a pré-época e, por iniciativa do próprio departamento de futebol, decidimos parar esses custos porque não eram estritamente necessários", explicou o CEO do Benfica.
O Benfica está melhor preparado para as consequências desportivas e económicas para o que aí vem? À pergunta da BTV, Soares Oliveira respondeu sem desejos de comparações: "Não quero fazer uma comparação do Benfica com os seus rivais, em particular com o Sporting ou com o FC Porto porque cada um de nós vive numa realidade completamente diferente. Portanto, fazendo apenas a análise do lado do Benfica, hoje estamos muito melhor preparados do que há um ano e há um ano melhor que há dois anos", começou por dizer.
"Hoje temos condições para olhar para o futuro com confiança moderada e moderada porque olhamos para estas nuvens negras que têm andado sobre as nossas cabeças e não sabemos quando é que elas vão desaparecer. Todos queremos voltar à vida normal, que os jogos recomecem, vibrar dentro dos estádios com o público, mas não sabemos quando isso vai acontecer e não está nas nossas mãos. Essa confiança é sustentada pela nossa situação económica e financeira, pelas nossas disponibilidades de tesouraria, mas é moderada porque não sabemos o que o futuro nos reserva. Com essa cautela em relação ao futuro, sim hoje estamos bem preparados e se assim não fosse não teríamos tido capacidade para sozinhos fazer o reembolso de quase 50 milhões de euros no meio da maior crise que algum de nós alguma vez viveu", recordou ao finalizar.