Claque foi ilegalizada e contesta a autoridade do clube para abandonar as suas instalações, exigindo que prove com "meios judiciais" o "alegado direito de propriedade"
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A claque Directivo Ultras XXI, com a qual o Sporting rescindiu o protocolo de cooperação e que entretanto foi ilegalizada (a APCVD suspendeu/anulou o registo de Grupo Organizado de Adeptos), emitiu um comunicado no qual reafirma que o clube não é proprietário do espaço onde guarda o seu material e exigiu que o prove em tribunal.
"No que respeita ao local onde funciona a sede social desta Associação, reiteramos que o mesmo não é propriedade do Sporting Clube de Portugal nem da Sporting Clube de Portugal, Futebol SAD, pelo que não se reconhece a estas entidades qualquer legitimidade para endereçar 'ordens' ou 'ultimatos' relativamente à ocupação e utilização do referido espaço. Antes de pensar recorrer à Polícia de Segurança Pública ou a qualquer outra força de segurança para auxiliar na prática de atos ilegais, as referidas entidades deverão, como é obrigatório num Estado de Direito Democrático, socorrer-se dos meios judiciais ao seu dispor, onde deverão comprovar o seu alegado direito de propriedade do referido espaço, que expressamente contestamos", escreve o Directivo, uma das duas claques em litígio com o clube e que já recebeu, no dia 25 de outubro, ordem de despejo.
A respeito de outro tema, o protocolo, que já foi unilateralmente rescindido pelo clube alegando não apoiarem as equipas e jogadores do clube e de serem responsáveis por escalada de agressividade, o Directivo promete revelações: "Para desmistificar todas as mentiras sobre 'borlas', 'regalias' e 'negócios' que têm sido propaladas em relação a esta Associação sobre os cognomes 'claque' ou 'claques', nas próximas semanas traremos ao conhecimento público, de forma documentada, toda a informação sobre as relações protocoladas e o cumprimento das obrigações para todas as partes envolvidas, nomeadamente, a nível financeiro."